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HOMICÍDIO

MP-PR pede júri popular para policial acusada de matar copeira no Centro Cívico

Segundo assistência de acusação, há indícios suficientes para comprovar autoria do crime

Morte da copeira Rosária Miranda da Silva ocorreu em dezembro de 2016 | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Morte da copeira Rosária Miranda da Silva ocorreu em dezembro de 2016 (Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo)

A investigadora da Polícia Civil Kátia das Graças Belo, acusada de ter dado o tiro que matou a copeira Rosária Miranda da Silva, em dezembro do ano passado, no Centro Cívico, em Curitiba, pode ir à júri popular. A solicitação foi feita à Justiça nesta terça-feira (16) pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), que pretende submeter a policial a julgamento por homicídio triplamente qualificado.

De acordo com o advogado Ygor Salmen, assistente de acusação do caso, o MP-PR entendeu que há indícios suficientes para comprovar a autoria do crime.

O pedido do órgão faz parte das alegações finais da promotoria. Agora, cabe à Justiça analisar todos os documentos do processo, incluindo os produzidos pela defesa da investigadora, e decidir se o caso vai ou não para o Tribunal do Júri. Conforme Salmen, a decisão deve sair em até 40 dias. “Na qualidade de assistente de acusação, nós avaliamos o pedido como positivo. Nós conversamos com a a família e eles também estão ansiosos, aguardando o parecer do magistrado”, declarou o advogado.

O advogado da investigadora, Peter Amaro de Souza, disse acreditar que a cliente não será julgada em júri popular. Ele afirmou que vai pedir a absolvição de Kátia ou uma reclassificação do caso em suas alegações finais. A ideia é tentar enquadrar a situação em homicídio culposo - quando não há intenção de matar -, e não doloso. “Só depois da minha alegacão é que o juiz vai decidir. Todo mundo quer que a Kátia responda na medida de sua culpabilidade. Nem mais, nem menos. Mas acredito que ela não vai a júri”, avaliou o advogado.

Relembre o caso

O crime ocorreu no bairro Centro Cívico, em 23 de dezembro do ano passado. A copeira Rosária Miranda da Silva estava em um restaurante, em uma festa de confraternização de fim de ano de uma empresa. A policial civil Kátia Belo, que é vizinha do restaurante, ficou irritada com o barulho e disparou um tiro em direção ao local da festa.

A copeira foi atingida e levada ao hospital. Rosária seguiu internada até dia 1.º de janeiro deste ano, quando morreu. Kátia se apresentou voluntariamente à DHPP três dias depois do crime. Ela confessou ter disparado em direção à festa, mas disse que a bala ricocheteou e atingiu a copeira.

Em reconstituição da morte da copeira, a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontou que projétil que vitimou a copeira partiu direto do apartamento da investigadora.

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