Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
estelionato

Polícia prende duas quadrilhas do golpe da falsa venda de imóveis no Litoral do PR

Oito mandados de prisão estão sendo cumpridos pela Polícia Civil nesta terça-feira (12) contra integrantes de duas quadrilhas suspeitas de aplicar o golpe da falsa venda de imóveis no Litoral do Paraná. Os dois grupos utilizam documentos falsos para vender imóveis os quais não são proprietários. Um deles é suspeito de enganar 10 vítimas e ter lucrado cerca de R$ 100 mil, vendendo o mesmo terreno várias vezes. Já o segundo é suspeito de vender um terreno no valor de R$ 80 mil com o auxíilio de funcionários de um cartorio na região metropolitana de Curitiba.

A primeira quadrilha é composta por um homem e duas mulheres. Além de terrenos, o grupo é suspeito de vender uma fazenda com documentos falsos em Matinhos, no Litoral do Paraná. Investigação aponta que o grupo agiu de 2015 a 2018 e atingiu dez vítimas. O grupo chegou a lucrar aproximadamente R$ 100 mil com o golpe.

Segundo a investigação, os suspeitos chegaram a vender uma mesma propriedade no Balneário de Albatroz para diversas vítimas. O valor pago por cada lote variava entre R 1 mil e R$ 15 mil por lote. Esses valores eram pagos diretamente em dinheiro ao cabeça do grupo ou depositado na conta de outra integrante da quadrilha.

- Leia também - Água Verde: violência assusta comerciantes da Avenida República Argentina

A negociação fraudulenta era fechada no escritório da terceira integrante sem nenhuma assistência jurídica aos compradores, que também não recebiam qualquer tipo de informação sobre a burocracia de aquisição de um imóvel.

Os suspeitos cobravam das vítimas valores extras ao do imóvel. Alegando que precisavam abrir vias públicas nos lotes, cobravam R$ 250 por terreno.

As vítimas só descobriam o golpe quando tentaram fazer melhorias nos terrenos e foram impedidas por um conhecido do verdadeiro dono do imóvel. Só então elas souberam que foram alvo da quadrilha e que o golpe era recorrente no local.

- Veja mais - Ladrões dão tiro em shopping de Curitiba em assalto á joalheria

Segundo grupo

O outro grupo é liderado por uma transexual de 48 anos que comandava outros quatro integrantes entre 29 e 52 anos. O transexual, o companheiro dela e mais um integrante da quadrilha passavam-se respectivamente por proprietários e corretor para aplicar o golpe. O trio anunciou em um site a venda um imóvel no valor de R$ 80 mil. Eles também tinham um escritório no bairro Flamingo, em Matinhos, onde outro homem de 29 anos atendia os interessados pelo imóvel.

Neste escritório era assinado o documento de venda. Depois, iam a um escritório em Mandirituba, na região metropolitana de Curitiba, para fechar a negociação. À polícia, o grupo admitiu que registrava a escritura em Mandirituba, e não em Matinhos, endereço do imóvel, porque tinham esquema com funcionários do cartório, que chegavam a dar descontos para o registro. No cartório de Mandirituba, segundo a investigação, o tabelião e a escrevente juramentada lavravam a Escritura Pública de Compra e Venda do Imóvel fraudulento.

Na negociação, as vítimas deram um sinal de R$ 5 mil e pagaram mais R$ 25 mil em cheque no ato da assinatura da documentação. No ato da assinatura da escritura, os suspeitos não apresentavam os documentos que comprovassem a propriedade do imóvel adquirido. A afirmação era de que apresentariam as escrituras e certidões pertinentes na sequência, o que não acontecia.

Só quando iam pesquisar a documentação em registros públicos, percebiam terem sido vítimas de um golpe. O imóvel na realidade pertencia a uma construtora que teria sido alvo de execução judicial.

A Polícia Civil segue as investigações dos dois casos para tentar identificar mais vítimas.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.