Policial em surto mobiliza PM em condomínio e fecha o trânsito no Água Verde

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Um policial civil em surto mobilizou policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope),da Polícia Militar (PM), e do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil, em um condomínio residencial no bairro Água Verde, em Curitiba, por sete horas nesta terça-feira (27). A ocorrência começou por volta das 7h e terminou por volta das 14h. PMs do Bope aproveitaram um cochilo do investigador para invadir o apartamento e o rendê-lo. Na revista, não foi encontrada nenhuma arma no imóvel.

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O homem, um investigador da Delegacia de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, estava sozinho no apartamento em que mora no 13.º andar. O andar ficou totalmente interditado pela polícia. A arma funcional do policial já havia sido recolhida antes deste surto já que ele responde a três procedimentos internos da corporação: uma investigação preliminar, um processo disciplinar e um processo da comissão de sindicância de estágio probatório. Entretanto, o receio era que o agente estivesse com uma arma particular, o que não foi constatado. Ele está na corporação desde 2013.

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Além do Cope, policiais da Corregedoria da Polícia Civil também acompanham a ocorrência no Água Verde. A Corregedoria encaminhou processo de suspensão das atividades do investigador por 90 dias para apuração da ocorrência desta terça. Antes deste surto, ele já teria dado um tiro na própria perna também em um surto.

Atiradores de elite da Polícia Militar, os snipers, chegaram a ser convocados para a ocorrência. Eles monitoraram a ação do policial civil de um dos prédios vizinhos ao condomínio.

A ocorrência bloqueou o trânsito na região. Além da Brasílio Itiberê, havia bloqueio no cruzamento da Avenida Água Verde com a Rápida Portão/Centro e no cruzamento da Avenida Água Verde com a Bento Viana. Mas por volta de 10h30 a polícia liberou o trânsito nos dois cruzamentos, mantendo o bloqueio apenas na Brasílio Itiberê, na quadra onde fica o prédio. Agentes da Superintendência Municipal de Trânsito (Setran) orientaram os motoristas no local.

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Moradores

O condomínio não foi evacuado e os moradores dos outros andares seguiram em seus apartamentos durante a ocorrência policial. “De manhã, ao sair do meu apartamento, me deparei com um policial no portão cuidando dos moradores que saíam. Quando voltei, falaram que eu poderia entrar no prédio por minha conta e risco. Então, preferi ficar aqui fora”, relata o bancário aposentado Marcelo Furlan, morador do condomínio. “A situação é muito tensa e causou muito transtorno em todo o bairro do Água Verde”, complementa o aposentado.

Já o engenheiro agrônomo Gerson Klepa preferiu aguardar o desfecho da história em seu apartamento no andar de cima do apartamento do policial. “Voltei ao prédio por volta das 9h30 e está tudo aparentemente tranquilo. Tem um policial no nosso corredor e ninguém pode passar para o 13.º andar onde ocorre a negociação”, disse.

José Batista de França, chefe do conselho do condomínio, afirma que o policial não tinha problemas de relacionamento com os outros moradores. Entretanto, costumava gritar bastante sozinho de dentro do apartamento. “Há 15 dias teve também uma situacão em que ele atirou no próprio pé. Nós fizemos boletim de ocorrência e estamos reunindo toda a documentação caso exista essa necessidade”, afirma