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Estação de tratamento de água Iguaçu, em Curitiba
Estação de tratamento de água Iguaçu, em Curitiba| Foto: Andre Thiago/Sanepar

Mesmo com as barragens da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) cheias, as paradas no fornecimento de água têm ocorrido com alguma frequência na capital e em cidades vizinhas, passados quase cinco meses do fim do rodízio pela estiagem.

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A impressão de que os cortes no abastecimento têm sido mais frequentes agora do que à época da estiagem, explica a Sanepar, ocorre porque no período do rodízio “os serviços eram programados  para serem feitos justamente no período em que parte da população já estava sem água. Então, quando o abastecimento volta à normalidade, o sistema está sujeito a intercorrências”, diz a empresa.

Uma das últimas paradas na RMC, no começo do mês, ocorreu justamente pelo excesso de chuvas, que aumentou a lama, terra e folhas nos rios, alterando a cor da água na Estação de Tratamento do Iraí. A situação exigiu um processo de tratamento mais demorado, que levaria 24 horas e atingiria 75 mil moradores em bairros de Curitiba, Pinhais e Almirante Tamandaré.

Rompimentos contribuem para cortes emergenciais

As paradas emergenciais no abastecimento podem ocorrer quando há rompimento da rede, que soma 15,9 mil quilômetros de extensão na RMC. Segundo a Sanepar, consultada pela Gazeta do Povo, a rede pode ser rompida “pela pressão, por ações de terceiros, como clientes, prefeituras e construtoras, por vandalismos e até pelo crescimento de raízes de árvores”.

Para fazer o conserto da tubulação, como acontece em qualquer reparo feito em casa, é preciso fechar o registro, o que causa suspensão temporária do fornecimento de água. Somente em março, segundo a Sanepar, houve 104 rompimentos de rede causados por terceiros, como empreiteiras, prefeituras e clientes, na região Leste de Curitiba, em Piraquara, São José dos Pinhais, Pinhais e Colombo.

Manutenções e melhorias provocam cortes de água

Além dos consertos emergenciais, a execução de obras de manutenção, ampliação e melhoria do sistema também levam a paradas programadas no abastecimento de água e podem ser feitas tanto em redes de distribuição, quanto em reservatórios e em estações de tratamento.

Nas redes de distribuição, são feitas substituições de tubulações mais antigas por novas, ampliação da linha que visa atender novos clientes ou melhorar a distribuição. Nos reservatórios de água tratada há manutenção de parte elétrica, limpeza e outros serviços. E, nas estações de tratamento, são executados serviços de limpeza, manutenção eletromecânica e outras obras necessárias de ampliação e melhoria operacional.

Como a rede de abastecimento está sendo ampliada em 107 quilômetros e quatro novos reservatórios estão sendo construídos em Curitiba, nos bairros Sítio Cercado, Santa Quitéria, Lamenha Pequena e Butiatuvinha, interligar as tubulações novas e os reservatórios ao sistema exige o fechamento dos registros, que causam a falta temporária de água em determinados locais.

Piora na qualidade da água também interfere

A alteração da coloração ou de outros aspectos da água é outro fator que pode levar a paradas ou à lentidão no processo de tratamento, como ocorrido no começo do mês na Estação de Tratamento do Iraí. A análise da água bruta, vinda do rio, é feita de hora em hora, ao longo das 24 horas por dia, e caso haja alguma alteração em um parâmetro determinado pelo Ministério da Saúde em uma das fases do processo de tratamento (captação, coagulação, filtração), isso irá determinar a medida a seguir.

“Esses parâmetros definem a necessidade de qualquer alteração no processo de tratamento, que pode ter a velocidade reduzida para adequar a água aos padrões de potabilidade”, explica a Sanepar. No caso da Estação do Iraí, até que a água se tornasse potável, a redução foi variável, chegando ao pico de diminuir 30% da produção.

Como não sofrer com a interrupção no abastecimento

Devido à complexidade e ao dinamismo do sistema de abastecimento de uma grande cidade, duas medidas são fundamentais para manter a disponibilidade de água em casa. A primeira é ter caixas d´água adequadas ao tamanho da família e suficientes para garantir 24 horas de abastecimento em momentos de parada. A segunda é baixar o aplicativo da Sanepar e se cadastrar para receber mensagens pelo celular sobre serviços programados e emergenciais, para poder se programar e fazer uso racional da água no período.

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