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cão feroz

Prefeitura está há um ano sem recolher cães ferozes das ruas de Curitiba

Serviço de apreensão de animais está suspensa enquanto Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde segue em obras — e não há previsão de retomada

Mesmo sem serviço de remoção de animais, prefeitura pede para que população continua registrando casos pelo 156 | Pixabay/Divulgação
Mesmo sem serviço de remoção de animais, prefeitura pede para que população continua registrando casos pelo 156 (Foto: Pixabay/Divulgação)

Quem precisar ativar o Serviço de Apreensão de Cães Ferozes (Sacaf) para recolher um animal agressivo ou de grande porte que esteja solto na rua pode ficar sem atendimento — e tem sido assim há cerca de um ano. O motivo é a obra no Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde, segundo a prefeitura de Curitiba.

Foi o caso do jornalista Marcos Felipe Monteiro, morador do bairro Pinheirinho. Na madrugada de 28 de julho, ele foi surpreendido por um pitbull solto na frente de sua casa. Visivelmente agitado, o animal ameaçava entrar nas casas da vizinhança, tentando pular os muros baixos da região. “O cachorro estava alterado, bem agressivo, latindo. Descobrimos depois que ele era de uma obra próxima. O dono deixou ele para cuidar, mas entraram lá e abriram o portão para ele fugir”, contou.

Monteiro então procurou auxilio na internet para saber o que fazer e encontrou uma orientação para procurar o Sacaf. Quando ligou para a Guarda Municipal para pedir o serviço, no entanto, descobriu que ele não estava operando. “Essas foram as palavras da pessoa que me atendeu: que o serviço existe no papel, mas, na prática nunca existiu”.

O problema, segundo a prefeitura, é que não existe espaço para deixar os animais até que os donos irem buscá-los. Além disso, falta alimentação para os cães que já foram apreendidos. E, no caso de Monteiro, o guarda não pôde tomar nenhuma medida. “Ele até admitiu que era uma situação de risco, mas afirmou que não podia fazer nada”.

Desde dezembro de 2005, quando foi desativado o serviço da carrocinha, que recolhia cachorros das ruas, a Guarda Municipal era a responsável por recolher animais ferozes e de grande porte das ruas. A obra no Centro de Zoonoses, porém, paralisou os atendimentos. Apesar de não estipular um prazo, a administração municipal afirma que estão sendo feitos ajustes para que seja retomado o serviço de remoção de animais ferozes.

Monteiro cobra uma solução para quem vive problemas similares. “É uma situação complicada. A gente fica sem ter o que fazer. Nossa esperança é que a prefeitura faça algo”, concluiu.

Orientação

Mesmo com o Sacaf desativado, quem tem problemas com animais ferozes deve procurar a Guarda Municipal, pelo telefone 156. A prefeitura ressalta a importância de registrar o pedido e afirma que casos pontuais são atendidos mesmo enquanto o serviço passa pela reestruturação.

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