• Carregando...
O último mês de julho foi o mais seco de Curitiba desde 1961 | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
O último mês de julho foi o mais seco de Curitiba desde 1961| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Curitiba teve um dos meses de julho mais secos da história. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostram que o acumulado do mês passado foi de apenas 0,2 mm — o menor desde 1961. O valor é tão baixo que, segundo a Climatempo, nem chega a ser considerado chuva, mas apenas chuvisco.

Até então, os maiores períodos de estiagem em julho registrados entre 1961 e 2017 tinham sido em 2017 (com 7,8 mm) e em 1968 (7,1 mm). A média de chuva normal para o período é de aproximadamente 100 mm.

Leia também: Com cães e novos módulos, Guarda Municipal reforça segurança no Centro

Os valores do Inmet são compilados com base na estação automática da instituição em Curitiba e são um pouco diferentes dos registrados pelo Simepar, que mostram um acumulado de 2,8 mm — valor um pouco maior, mas que mesmo assim indica quantidade irrisória de chuva para o mês. “Em julho, predominou um padrão de bloqueio atmosférico, uma massa de ar mais seco que predomina nessa época no Centro-Oeste e que acabou avançando em direção ao Sul”, explica o meteorologista do Simepar Samuel Braun.

A estiagem que avançou durante o mês passado afetou a saúde de muita gente, mas o impacto dos dias secos repercutiu mesmo foi na agricultura. A falta de chuva prejudicou o desenvolvimento do trigo e comprometeu a safrinha do milho em todo o Paraná. “Durante o mês, houve o ingresso de frentes frias, mas elas quase que só aumentaram a nebulosidade e diminuíram as temperaturas máximas. Houve um aumento de nuvens que aliviou um pouco para quem sofre com tempo seco, mas para a agricultura isso não foi o bastante”, avalia Braun.

Contudo, agosto promete ser diferente. Ainda que as comparações mostrem que este é um mês ainda mais seco que julho, com média acumulada de 80 mm, a previsão é de instabilidade mais presente para até o dia 15.

E uma chuva mais considerável chega já nesta sexta-feira (3). Segundo o Simepar, as chances de que a véspera do fim de semana seja de céu carregado é de 70%, o que aumenta também a umidade relativa do ar. O sábado (4) e o domingo (5) serão de temperaturas amenas, mas sem precipitações, só que nova previsão de chuva já se concretiza para a próxima segunda (6).

Mais quente

Com a presença do sol quase que constante, julho também foi decepcionante para quem gosta do frio. Pela medição do Inmet, a média das temperaturas máximas ficou quase 3°C acima do normal, e a média das mínimas quase 2°C acima do esperado.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]