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O raio ascendente foi registrado pelas lentes de fotógrafa especialista em capturar descargas elétricas | Fernanda Trento/Reprodução
O raio ascendente foi registrado pelas lentes de fotógrafa especialista em capturar descargas elétricas| Foto: Fernanda Trento/Reprodução

Mais do que marcar o início de outubro bastante chuvoso, a madrugada do último sábado (7) chamou a atenção no Paraná pela ocorrência de um fenômeno raro. Um raio ascendente iluminou a cidade de Santo Antônio da Platina, no Norte Pioneiro, e impressionou quem observava a tempestade que caía sobre o estado no fim de semana.

O relâmpago foi flagrado pela fotógrafa Fernanda Trento, 40 anos, moradora de Santo Antônio da Platina, que tem o hobby de fotografar raios. Na madrugada de sábado, por volta das 3h, ela conseguiu registrar em imagens o raio ascendente – fenômeno bastante difícil de acontecer, já que segue no sentido oposto ao raio comum, ou seja, ele vai de baixo para cima e, geralmente, partindo de uma estrutura metálica que fica em um lugar alto. Já os raios convencionais descem da nuvem em direção à superfície. Os raios ascendentes representam apenas 1% dos relâmpagos que atingem o Brasil.

Vídeo - assista o momento exato do raio ascendente em Santo Antônio da Platina

A façanha tem rendido elogios a Fernanda nas mídias sociais. “Na hora que registrei fiquei sem palavras porque essa imagem é muito rara”, comemora a fotógrafa, que há registra imagens de raios há dois anos. “Assim que começa a chover eu já monto o equipamento para tentar flagrar uma imagem boa de raio”, explica.

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De acordo com o meteorologista do Simepar Fernando Mendes, o raio ascendente se forma quando a superfície está mais carregada eletricamente do que a nuvem, o que faz com que a trajetória da descarga seja contrária. “Acontece quando há uma concentração de carga em uma região. E, quando essa área não consegue mais conter essa carga, ela segue em direção à nuvem. A lógica é a mesma do raio comum”, explica o especialista. Segundo ele, o raio que segue do solo em direção aos céus tende a ser mais potente.

No caso do evento do último sábado, ele foi registrado pela fotógrafa Fernanda Trento, cujo hobby é exatamente capturar raios pelas lentes de sua câmera. Caçadora de trovões há quase dois anos, ele relembra a surpresa na hora que observou a descarga elétrica ascendendo aos céus. “Na hora que registrei, fiquei sem palavras porque essa é uma imagem muito rara”, comemora. “Assim que começa a chover, eu já monto o equipamento para tentar flagrar uma imagem boa de raio”.

O meteorologista do Simepar explica ainda que pode acontecer de as pessoas sentirem fisicamente os efeitos de uma área carregada. “Ao entrar em uma região com maior carga elétrica, você pode sentir algum tipo de formigamento ou ver os pelos do braço ouriçarem, por exemplo. Não é sempre, mas pode acontecer”, diz Mendes.

De qualquer forma, o especialista destaca que os cuidados são os mesmos para qualquer tipo de raio. Independente de vir do alto ou de baixo, o ideal é que a pessoa procure abrigo e espere a tempestade passar.

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