Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
pacotaço

Votação do ajuste fiscal altera trânsito no entorno da Ópera de Arame

No início da manhã, fluxo de veículos já estava impedido na Rua João Gava, no Abranches

Trânsito impedido e reforço policial nas imediações da Ópera de Arame | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Trânsito impedido e reforço policial nas imediações da Ópera de Arame (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)

A terceira tentativa de votação do pacote de ajuste fiscal proposto pela prefeitura de Curitiba - o chamado pacotaço - altera o trânsito, desde a manhã desta segunda-feira (26), nas imediações da Ópera de Arame, no Abranches. Segundo a prefeitura, por volta das 7h40, a Rua João Gava, entre as Ruas Mateus Leme e Nilo Peçanha, já estava bloqueada. Essa via ficou interditada por mais de seis horas.

Leia também: Câmara aprova medidas do pacote fiscal de Greca

Leia mais: Câmara de Curitiba não sabe quanto vai gastar para votar ‘pacotaço’ de Greca

Ainda conforme a prefeitura, durante a manhã, outro bloqueio foi feito no cruzamento da Rua Amauri Lange Silvério com a Rua São Salvador (que vira a Rua Nilo Peçanha logo antes do cruzamento com a Rua João Gava). Por volta das 14 horas, o tráfego já estava liberado.

Na Rua Nilo Brandão com a Rua Mateus Leme o tráfego também foi interditado, mas não foi liberado no início da tarde como nos outros casos. De acordo com a Secretaria Municipal de Trânsito, a interdição será mantida até terça-feira (27), quando acontece a votação dos projetos em segundo turno.

Tumulto

A região foi tomada de manifestantes. Inicialmente, eles se concentraram no Parque São Lourenço, ao longo da Mateus Leme. Depois fizeram uma caminhada até a Pedreira Paulo Leminski, do lado de fora da Ópera, de onde acompanharam a sessão. Houve confronto que terminou com pessoas feridas e prisões.

A decisão de retirar a votação da Câmara e levá-la à Opera de Arame foi definida às pressas, em uma sessão convocada na noite de sexta-feira (23). Para evitar que mais manifestantes do que o definido acessassem o novo local de votação, foi criado um esquema de isolamento ao redor do teatro, feito por policiais militares. Foram usados ainda caminhões, motos e viaturas da corporação no local, além da cavalaria.

“Eu nunca vi tanta polícia. Um contingente que poderia estar dentro dos bairros, combatendo o tráfico de drogas. É um absurdo o que está acontecendo aqui”, afirmou o vereador Mestre Pop (PSC) ao chegar na Ópera de Arame.

Fora vereadores, servidores da Câmara e imprensa, cerca de 100 pessoas indicadas pelos sindicatos assistiram à sessão, que começou às 9h15.

A PM disse que não vai informar o efetivo deslocado para fazer a segurança. A Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp) ficou responsável pela determinação dos bloqueios, bem como pela liberação dos acessos à área.

Interdito proibitório

Neste domingo (25), a Justiça deferiu liminar para impedir que servidores atrapalhem a votação. “A ameaça encontra fundamento no histórico fático das últimas deliberações do projeto “Plano Recuperação Curitiba”, sendo amplamente divulgado pelos meios de comunicação que o projeto de lei é interpretado como restritivo a direitos e prejudicial a interesses de servidores e sindicatos”, justificou a juíza Michela Vechi Saviato, que autorizou o interdito proibitório.

As duas sessões realizadas anteriormente para analisar o pacotaço foram suspensas depois de tumultos. Na primeira situação, em 13 de junho, manifestantes invadiram a Câmara Municipal. Já na terça-feira (20), após nova invasão ao plenário, houve tumulto e a ação da Polícia Militar deixou feridos.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.