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ONS ainda não anunciou os motivos para os cortes seletivos de energia | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
ONS ainda não anunciou os motivos para os cortes seletivos de energia| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Cerca de 300 mil domicílios paranaenses ficaram sem energia elétrica na tarde desta segunda-feira (19). De acordo com a Copel, os cortes seletivos de 320 MW de carga ocorreram por ordem do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Em nota, a Copel informou que, por determinação do Operador Nacional do Sistema (ONS), precisou cortar 320 MW de carga do sistema elétrico no estado, o equivalente a 6% da carga total, às 14h54.

"A manobra foi acionada pelo Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC) e teve seu ápice por volta das 15h15, momento em que 300 mil domicílios de diferentes regiões do Paraná tiveram o fornecimento de energia interrompido", informou a companhia.

Por volta das 16 horas, a situação já havia sido normalizada. A Copel esclarece que o ERAC é um dispositivo acionado por determinação do ONS automaticamente e as áreas afetadas são determinadas previamente.

No Paraná, nenhuma unidade essencial - como hospitais, corpo de bombeiros e órgãos públicos - foi afetada.

Distribuidoras

Além da Copel, as distribuidoras CPFL, Elektro, EDP Bandeirante e Eletropaulo, de São Paulo, e Light, do Rio de Janeiro, confirmaram ter rebebido ordem para cortar a carga de eletricidade. A Elektro confirmou desligamento no Mato Grosso do Sul, estado em que também atua.

As empresas CEEE, RGE e AES Sul, três companhias de distribuição que atendem o Rio Grande do Sul, também estão na lista. A Celesc, com atuação em Santa Catarina, foi mais uma a confirmar a a redução da carga de energia. O apagão também foi sentido em Goiás, segundo a distribuidora Celg-D.

A EDP Escelsa, distribuidora que atua no Espírito Santo, informou ter reduzido a carga em oito municípios. Já a CEB Distribuição, que atende o Distrito Federal, disse que 157 mil unidades consumidoras ficaram sem energia à tarde. A região da Esplanada dos Ministérios e da Praça dos Três Poderes, entretanto, não foi atingida.

Foram relatados problemas de falta de luz também em Minas Gerais e Amapá. Há possibilidade de que outros estados tenham sido afetados.

As empresas afirmaram que não sabiam os motivos para o corte de carga, que já começou a ser restabelecida em áreas de concessões atingidas. Segundo elas, o corte ocorreu em locais não prioritários, evitando hospitais e indústrias, por exemplo.

Corte de Carga

A determinação do Operador Nacional do Sistema (ONS) elétrico que obrigou diversas distribuidoras do país a reduzir a oferta de energia retirou ao menos 2.770 MW do sistema. O número leva em consideração as cargas comunicadas pelas empresas AES Eletropaulo (700 MW), CPFL Energia (800 MW), Copel (320 MW), Light (500 MW), Elektro (200 MW), CEEE (100 MW) e Celesc (150 MW).

O número, contudo, deve ser mais expressivo, já que várias empresas não divulgaram detalhes sobre o corte.

O ONS não informou de imediato o motivo do pedido de corte na carga às distribuidoras e não confirma os locais atingidos, mas, por meio de sua assessoria, assegurou que há áreas no país em que o fornecimento foi interrompido.

O Ministério de Minas e Energia afirmou que compete à ONS dar mais detalhes.

Consumo

Na última semana, o ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) recomendou que os consumidores reduzam seu consumo. Segundo ele, a medida seria necessária já que a energia está custando mais caro em 2015.

"Não é racionamento. Nós temos energia. Ela existe, mas é cara", afirmou ele na última quarta-feira (14).

Na terça-feira (20), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve aprovar um aumento bilionário sobre as tarifas dos consumidores, repassando os gastos que o setor terá ao longo do ano.

Esse será o primeiro de dois aumentos no custo da energia que já estão programados.

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