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Perspectivas

Governo quer conectar 90% da população até 2018

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, ratificou a meta do governo federal de disponibilizar o acesso à internet para 90% da população até 2018. Ele voltou, porém, a cobrar investimentos em infraestrutura na rede para cumprir a meta de universalizar o serviço até o início da próxima década. "O mapa que publicaram é impressionante, pois pega diferença de volume de acesso entre Sul, Sudeste e Nordeste que é gritante. Você acha que o acesso no Piauí é menor que em São Paulo porque o usuário não quer?", indagou. "É porque não tem disponível a infraestrutura", disse.

Por esse motivo o ministro afirmou que o governo estuda programa de financiamento, com subsídios públicos, para financiar a infraestrutura das teles e melhorar os serviços móveis de telefonia e internet. "Vai precisar mais investimento e o governo tem disposição de entrar com uma parcela desse investimento", disse.

Por que tão pouco?

Economistas vêm há anos discutindo uma metodologia para mensurar exatamente qual é o impacto da internet na vida das pessoas.

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O acesso à internet cresceu 143,8% entre a população com 10 anos ou mais de 2005 para 2011, enquanto o crescimento populacional foi de 9,7%. Apesar da disparada, 53,5% dos brasileiros dessa faixa etária ainda não utilizam a rede. O estudo, feito com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), foi divulgado ontem pelo IBGE.

"Houve um avanço significativo, mas ainda há uma parcela considerável da população que não acessa a internet. Esse problema será resolvido conforme se reduzir a desigualdade", afirma Cimar Azeredo, coordenador da pesquisa do IBGE. Os entrevistados foram questionados se tinham acessado a internet nos três meses que antecederam o levantamento.

INFOGRÁFICO: Veja, em números, a acessibilidade por região

De forma geral, a pesquisa mostra que os fatores escolaridade e idade são mais influentes no acesso à internet que a renda. Em 2011, a maior fatia de brasileiros que mais usou a rede (76,1%) era de quem tem renda entre três e cinco salários mínimos (R$ 2.034 a R$ 3.390). Já os que têm ganhos maiores que cinco mínimos tiveram um porcentual menor que aqueles com a renda imediatamente inferior, de 67,9%. A explicação está no fenômeno chamado "efeito geração".

"Entre os que têm renda mais alta há uma presença muito forte de pessoas com 50 anos ou mais, que em muitos casos não tiveram essa inclusão durante o período escolar", diz Azeredo.

Embora ainda sejam os mais resistentes à rede mundial de computadores, os brasileiros com 50 anos ou mais tiveram peso decisivo no aumento da legião de internautas: passaram de 7,3% para 18,4% do total da população nessa faixa etária. Em números absolutos, foi o maior crescimento, passando de 2,5 milhões de usuários para 8,1 milhões.

Idade e escolaridade

A pesquisa mostrou os jovens são os que mais acessam a internet no país, principalmente aqueles com idade de 15 a 17 anos (74,1%) e de 18 ou 19 anos (71,8%). Ao mesmo tempo, o levantamento aponta que quanto maior o número de anos de estudo, maior a inserção digital.

Celulares

A pesquisa do IBGE não informa quantos brasileiros acessaram a internet pelo celular em 2011, mas traça um panorama de evolução do acesso ao aparelho. Segundo o levantamento, mesmo com a curva ascendente que o setor de telefonia tem registrado no país, o porcentual de brasileiros com 10 anos ou mais que não tinham aparelho móvel para uso pessoal em 2011 era de 30,9%.

O coordenador da pesquisa do IBGE, Cimar Azeredo, afirma que a menor participação ocorre principalmente entre aqueles que têm menor renda. Entre quem ganha de três a cinco salários mínimos (R$ 2.034 a R$ 3.390) 89,8% tinham celular. O número cai para 41% entre aqueles que não têm renda ou recebem mensalmente até um quarto do salário mínimo (R$ 169,50).

Paraná avançou 138% em seis anos

Fernanda Leitóles, com agências

O porcentual de domicílios no Paraná com acesso à internet cresceu 138% entre 2005 e 2011, segundo o IBGE. O total de residências conectadas à rede subiu de 17,6% para 41,9% nesse período.

Também foi grande a expansão das moradias com microcomputador, que passaram de 23,2% para 50,5%, em um avanço de 117%, conforme a pesquisa. O levantamento leva em conta um cenário de 3,4 milhões (3.481.000) de lares paranaenses em 2011.

O estudo mostra ainda que, em 2011, 96,9% dos domicílios do Paraná tinham aparelho de tevê e 89,8%, celular. Os números são superiores aos de 2005, quando a TV estava presente em 93,2% dos lares do estado e o celular, em 63,6%.

Em contrapartida, a pesquisa do IBGE destacou que houve retração com relação ao telefone fixo nos domicílios paranaenses; a presença do equipamento caiu, entre 2005 e 2011, de 58,1% para 44,7% (recuo de 23%).

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