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| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

A maioria dos brasileiros apoia a fixação de uma idade mínima para aposentadoria, segundo pesquisa encomendada pela Confederação Nacional do Transporte à MDA.

A medida é defendida pela equipe econômica do presidente interino Michel Temer e deve fazer parte da proposta de reforma da Previdência que será enviada ao Congresso, apesar da discordância das centrais sindicais que dialogam com o governo.

Realizada de 2 a 5 de junho, a pesquisa CNT/MDA ouviu 2.002 pessoas em 137 municípios de 25 estados. E 61,3% responderam afirmativamente à questão que perguntava se, com as pessoas vivendo até idades mais avançadas, é preciso estabelecer uma idade mínima para aposentadoria. Cerca de 33% dos entrevistados são contra a proposta e 5,4% não sabem ou não responderam. O levantamento tem margem de erro de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos, com 95% de nível de confiança.

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Conforme a pesquisa, 56,9% dos brasileiros consideram que homens e mulheres devem ter a mesma idade mínima para se aposentar e 40,1% são contrários a essa possibilidade. Os demais 3% não sabem ou não responderam.

Contraditoriamente, em outra pergunta 64,7% dos entrevistados disseram ser contra qualquer alteração nas regras da Previdência. Nessa questão, as demais alternativas mencionavam uma reforma que aumente o tempo de contribuição – 17,3% aprovam essa regra, mas apenas para quem entrar no mercado de trabalho após a mudança; e 9,5% acham que ela deve valer desde já para todos os brasileiros.

Do total de entrevistados, 15% são aposentados – destes, 38% continuam trabalhando. Entre os que ainda não se aposentaram, 48,8% disseram ter pouco ou nenhum conhecimento sobre as regras de aposentadoria e sobre quando vão se aposentar. Outros 30% têm conhecimento parcial e 15,9% afirmaram ter conhecimento sobre as regras e que sabem quando vão se aposentar.

Na terça-feira (7), Força Sindical, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e União Geral dos Trabalhadores (UGT) informaram aos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que fecharam posição contra qualquer proposta de reforma.

Mesmo assim, o governo tentará convencê-las de que as contas do sistema são insustentáveis e de que ele precisa ser alterado. O presidente interino Michel Temer recebe representantes das centrais nesta sexta-feira (10) em almoço no Palácio do Jaburu, segundo comunicado da Força Sindical.

Reforma trabalhista

Outra reforma em estudo no governo é a trabalhista. Segundo a pesquisa CNT/MDA, 64,5% das pessoas concordam com a necessidade de atualizar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Em outra questão, 33,6% afirmam que ela dificulta acordos que interessem a patrões e funcionários. Por outro lado, 32,4% acham que ela não interfere nos acordos e 18,8% consideram que ela facilita o entendimento entre as partes.

Sobre o conteúdo de uma eventual reforma, 36,7% acham que ela deve garantir todos os direitos atuais dos trabalhadores. Outros 32,6% afirmaram que ela precisa facilitar a negociação entre funcionários e empregadores, e 21,8% defendem a flexibilização de alguns direitos para melhorar as chances de contratação.

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