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Lula
Lula discursa na abertura do 6.º Brasil Investment Forum: presidente prometeu estabilidade fiscal e descartou privatizações.| Foto: Ricardo Stuckert/PR

Dias após minimizar a meta zero de déficit primário para 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que vai garantir a estabilidade fiscal. “Vamos garantir estabilidade política, vamos garantir estabilidade social, vamos garantir estabilidade jurídica, vamos garantir estabilidade fiscal”, disse ele, nesta terça (7), na abertura do Brasil Investment Forum (BIF), evento para captação de investimentos.

A fala ocorre depois de duas declarações que acabaram constrangendo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em 27 de outubro, em café com jornalistas, o presidente disse que dificilmente o país alcançara o déficit zero em 2024. E na sexta-feira passada (3), em reunião com ministros, disse que dinheiro bom é em obras, e não no Tesouro.

O presidente também sugeriu que o país deveria perseguir a meta de atingir US$ 1 trilhão na corrente de comércio exterior, que é o resultado da soma das exportações e importações brasileiras. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que essa conta fechou em US$ 607 bilhões no ano passado.

Crítica às privatizações

Na abertura do BIF, o presidente também se posicionou contrário às privatizações de estatais. “Não vamos vender a cama para dormir no chão”, destacou. Uma série de iniciativas nesse sentido vem sendo tomadas nos últimos dias.

Na segunda (6), foi publicado o Decreto 11.478, que tirou a Ceitec – estatal que atua na fabricação de chips e semicondutores – do Programa Nacional de Desestatização e revogou a qualificação da empresa para o Programa de Parceria de Investimentos (PPI).

Criada em 2008, no segundo governo Lula, era vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia e sempre foi dependente de recursos do Tesouro Nacional.

A privatização do porto de Santos, o mais importante do país, também está na berlinda. Apesar de ser um desejo do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), enfrenta restrições do governo federal.

Segundo o presidente do porto, Anderson Pomini, o local não pode ser privatizado por causa do “serviço essencial” que presta, fundamental para a economia do país.

Lula também defendeu o papel dos bancos públicos para estimular a indústria e a atuação do estado como agente indutor do crescimento econômico.

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