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Diversão

A ubiquidade dos games

Eles estão em todo lugar, dos consoles de última geração até programinhas embutidos no Orkut ou no Facebook. Quem pode dizer que nunca joga?

O artefinalista Everson Puglia, jogando a Paciência do Windows: para matar o tempo entre um trabalho e outro | Antônio Costa/Gazeta do Povo
O artefinalista Everson Puglia, jogando a Paciência do Windows: para matar o tempo entre um trabalho e outro (Foto: Antônio Costa/Gazeta do Povo)
Thiago Duarte, com seu Video-Jogo: consoles

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Thiago Duarte, com seu Video-Jogo: consoles

Você joga videogame? Para quem não tem um console de última geração em casa, a resposta automática pode ser não. Mas pare para pensar. Na fila do banco, você liga o celular para brincar de "cobrinha"? Quando está sem nada o que fazer na frente do PC, não resiste em abrir o Paciência ou o Campo Minado? E se está no Orkut ou Facebook e vê um joguinho bobinho, mas que parece divertido, você clica para testar? Então, caro leitor, como muitos, sem se dar conta, você joga videogame. Eles estão em todo lugar

Os jogos saíram do domínio exclusivo de consoles e de PCs superrápidos. De celular e Orkut ao iPod, é possível jogar, mesmo que seja um simples xadrez online e não aqueles games ultramodernos como os vistos há algumas semanas na E3, maior evento mundial do setor. E, com essa diversificação, ampliou-se o público também. Uma pesquisa da Entertainment Software Association aponta que 60% dos norte americanos jogam. E que os games não são coisa de criança. A média de idade dos gamers é de 29 anos.

Aficionado em jogos eletrônicos, o advogado Thiago Duarte, 29, conta que diferentemente da maioria das outras crianças de sua geração, seus heróis de infância foram os personagens Super-Mário, o porco-espinho Sonic e os lutadores da série Street Figther – como Ryu, Ken, Chun Li ou o brasileiro e esquisitíssimo Blanka.

"Sou adepto dos jogos eletrônicos desde que me conheço por gente", afirma. Ele conta que seu primeiro videogame foi o chamado "Video-Jogo", console que continha apenas uma opção de diversão: um joguinho chamado "Pong", em que o jogador tinha que defender uma bolinha movendo um traço no sentido horizontal na parte inferior da tela. Conforme foi crescendo, junto com a tecnologia do mundo dos games, Duarte passou pelos aparelhos Odissey, Atari, Phanton System, Mega-Drive, Supernintendo, 3DO, PlayStation, DreamCast, PSII e hoje rendeu-se ao Nintendo Wii, considerado por ele o mais revolucionário de todos os consoles já inventados. "É um aparelho que levou ao limite o conceito de interatividade com a captação de movimentos, tornando o jogador um elemento ativo dentro do jogo", avalia.

O advogado conta que guarda todos os aparelhos que já possuiu em casa, numa espécie de museu pessoal do mundo dos games.

Mesmo com tantas opções e tanto conhecimento sobre o assunto, Duarte conta que até hoje se diverte jogando Tetris, clássico do mundo dos games que no início deste mês completou 25 anos de existência. "É um jogo genial. Na categoria de ‘puzlle’, mesmo com toda a tecnologia, até hoje, ninguém conseguiu chegar perto do Tetris, que com toda sua simplicidade é um jogo que prende tanto", afirma.

Paciência, um clássico até para quem não se liga em tecnologia

O arte-finalista Everson Puglia, 33, conta que não acompanhou a evolução do mundo dos games, saltando do clássico River Raid do console Atari para o The Need for Speed, no PlayStation. "Minha relação com os games foi a mesma de qualquer garoto normal durante a infância e adolescência", afirma. Mesmo assim, ele garante que até hoje não dispensa uma partida de Paciência, no Windows, sempre que consegue um tempinho livre entre um trabalho e outro. "Paciência continua sendo um jogo interessante, justamente porque não precisou evoluir e permanece com o mesmo nível de desafio desde que foi lançado", avalia.

Ele garante que a ausência de inimigos ou adversários é o que torna esse jogo um clássico. "O objetivo é sempre o mesmo, o caminho para atingi-lo também. Mas a tentativa de melhorar o desempenho a cada partida é o que torna esse joguinho envolvente", explica.

A assessora de imprensa Fernanda Porcino, 26, afirma que é "meio contra esse mundo dos games", mas também não esconde sua "queda" pelo joguinho de cartas do Windows. "Eu nunca tive muito interesse em outros jogos. Não sou muito fã de novas tecnologias, mas Paciência é o meu preferido. Fico até com vergonha, mas gosto tanto que às vezes jogo até com o baralho normal", revela.

Para ela, o grande atrativo do joguinho é a diversão e o passatempo oferecidos. Fernanda garante que não se sente nem um pouco atraída por jogos mais complexos e sofisticados, com explosões, luzes, e sons eletrizantes. "Jogo é passatempo mesmo, acho que para estimular o cérebro e o raciocínio podemos usar outros meios, como a leitura, por exemplo", garante.

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