Ações foram melhor aplicação de fevereiro, apesar de Petrobras

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Mantido o cenário de alívio nos mercados globais, os investimentos em ações voltaram a ser destaque em fevereiro. O Ibovespa, índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), fechou o mês com alta de 4,34%, mesmo após recuar 0,22% nesta quarta-feira (29), aos 65.811 pontos. Com isso, os fundos de ações acumularam alta mensal de 4,13%, liderando as aplicações no mês.

O bom desempenho foi registrado apesar da queda mensal nas cotações da ações mais líquidas da Bolsa, da Petrobras e da Vale: os fundos mútuos de privatização (FMP), que aplicam nessas empresas com recursos do FGTS, perderam no mês passado 5,81% e 1,91%, respectivamente, ficando na lanterna entre as opções de investimento.

Ambas empresas foram atingidas por questões específicas em fevereiro. No caso da petroleira estatal, o destaque foi o resultado do quarto trimestre de 2011, que veio abaixo das expectativas do mercado.

As ações preferenciais (PN, sem voto) da Petrobras caíram 0,08% ontem, a R$ 24,31, recuando 1,06% no mês. Já as ordinárias (ON, com voto) subiram 0,19% ontem, a R$ 25,68, mas perderam 4,5% no mês.

A Vale, que também viu seu lucro reduzir no quarto trimestre do ano passado, teve nesta quinta-feira (29) quedas de 1,2% na ação ON (R$ 43,55) e 0,93% na PNA (R$ 42,50). No mês, os papéis perderam 2,57% e 0,45%, respectivamente.

A alta do Ibovespa no mês, portanto, foi compensada por outras empresas. As cinco maiores altas mensais de ações do Ibovespa foram Marfrig ON (31,55%), Gol PN (24,71%), Vanguarda Agro ON (22,22%), Cielo ON (17,96%) e MMX Mineração ON (17,42%).

Segundo analistas, no mês passado, as cotações seguiram em recuperação ainda impulsionadas pela atuação dos bancos centrais dos países desenvolvidos e pela recuperação da economia dos Estados Unidos.