O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que as empresas aéreas devem apresentar, em até 10 dias, um plano para reduzir o preço das passagens. Ele se reuniu nesta terça-feira (14) com representantes do setor, em Brasília. “Sabemos que o aumento das passagens é uma questão mundial. Na Europa, nos Estados Unidos, tivemos aumento nas passagens aéreas. O que nós não podemos aceitar e permitir são aumentos abusivos que têm prejudicado a população brasileira”, disse Costa Filho.
Em nota, o ministério ressaltou que os valores cobrados pelas passagens deveriam refletir a queda de cerca de 14% no preço do querosene de aviação (QAv). O combustível é responsável por 40% do preço da passagem. Além disso, segundo a pasta, também precisam ser considerados na conta a diminuição da judicialização das relações de consumo no setor, a não elevação da tributação incidente sobre a aviação civil e o estímulo à concorrência com a entrada de novas empresas aéreas no mercado brasileiro.
O ministro também ponderou que o setor aéreo foi um dos que mais sofreu durante a pandemia. Ele lembrou que o mercado brasileiro representa mais de 70% da judicialização do segmento em todo o mundo, com impactos anuais de R$ 1 bilhão para as companhias. “Esse ano nós vamos ter um crescimento na aviação brasileira, saindo de 89 milhões de passageiros para quase 100 milhões”, afirmou.
De acordo com a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), as passagens aéreas subiram 23,70% em outubro na comparação com o mês anterior.
“O que a gente está fazendo é dialogando, buscando alternativas, tentando fazer um trabalho de convencimento com as companhias aéreas sobre a importância de baixar o preço das passagens. Em alguns casos, é verdade, a gente compra passagem a R$ 200, R$ 300, R$ 400, em alguns trechos. Mas, tem outros que saíram de R$ 1,5 mil para R$ 3,5 mil, R$ 4 mil, que são injustificáveis”, disse Costa Filho.
-
Como o RS acumulou R$ 100 bilhões em dívidas – e agora precisa lidar com sua maior tragédia
-
Quatro medidas que poderiam ter minimizado as enchentes no Rio Grande do Sul
-
A tragédia gaúcha, usada pelo “Ministério da Verdade” para calar os críticos
-
Não, o “Estado mínimo” não é o culpado da tragédia no Rio Grande do Sul
Ala econômica do governo mira aposentadorias para conter gastos; entenda a discussão
Maior gestor de fundos do país se junta ao time dos “decepcionados” com Lula 3
BC vai pisar no freio? Cresce aposta por corte menor nos juros, para a ira do governo
Políticos no comando de estatais: STF decide destino da lei que combateu aparelhamento
Deixe sua opinião