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Os sócios Marcio Miksza  (de branco),  Geisa  Miksza  e Ricardo de Freitas. | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Os sócios Marcio Miksza (de branco), Geisa Miksza e Ricardo de Freitas.| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

De olho nos mercados de sprays contra insetos e da área de cosméticos, a Aeroflex, indústria de aerossóis instalada em Curitiba, investiu R$ 20 milhões em uma nova fábrica localizada na Cidade Industrial (CIC). O aporte tem como objetivo expandir a capacidade produtiva e o portfólio da empresa, que é detentora da marca Mundial Prime, além de aumentar o faturamento, de R$ 65 milhões em 2015, em 30% ainda neste ano.

Com uma relação de 300 produtos para os segmentos automotivo, de tintas e da construção civil, a fabricante deve acrescentar à lista cerca de 60 novas mercadorias até o fim deste ano. De acordo com o diretor comercial e sócio-fundador, Márcio Miksza, o investimento foi um passo necessário para o aumento da capacidade fabril e também para a diversificação das linhas. “Nós estávamos no nosso limite na fábrica antiga. Faltava espaço para ampliar a produção e migrar para outros segmentos”, avalia ele.

A nova planta possui 15 mil metros quadrados e irá substituir um conjunto de três unidades em que até então eram fabricados os produtos. Nos cálculos do empresário, a nova planta oferecerá uma capacidade de envase de um milhão de tubos por dia, número que corresponde hoje a quase toda a produção mensal da Aeroflex, de 1,5 milhão. Em dois anos, a perspectiva da empresa é que os envases cheguem aos cinco milhões mensais.

Histórico

A Aeroflex foi fundada em 2005, em Ponta Grossa, pelo casal Márcio e Geisa Miksa e pelo sócio Ricardo de Freitas. Com formação na área química, os empresários decidiram trazer a empresa para Curitiba em 2006. A nova fábrica será inaugurada no próximo dia 11 e irá substituir as três unidades fabris em que estava instalada anteriormente.

Com a expansão do portfólio da Mundial Prime, Miksza conta que uma das metas da empresa é atender à demanda gerada pela proliferação dos casos de dengue, zika e chycungunya no Brasil, transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti. “Desde 2010, nós esperávamos por um surto de dengue no Brasil, devido a uma série de fatores, como o clima e os efeitos do aquecimento global. A diferença é que, naquela época, nós não conhecíamos a zika”, lembra ele.

Para conquistar novos clientes, a marca, que antes atuava apenas em revendas especializadas e grandes atacados, passará a atender também ao varejo, com previsão de chegada às gôndolas a partir do segundo semestre deste ano. A meta é abocanhar uma fatia dos 50% do mercado de aerossóis no Brasil, que são dominados por produtos estrangeiros.

Adaptações

Além da linha de saneantes, a Mundial Prime fabricará desodorizadores de ar e o envase de sprays de uso cosmético, como desodorantes e sprays para o cabelo. Para tanto, o empresário conta que foi necessário adaptar a fábrica às exigências da indústria. “A área de cosméticos é rigorosa quanto à rastreabilidade das matérias-primas e aos processos empregados. Portanto, nós nos adequamos a essas exigências, que passaremos a aplicar às nossas outras linhas”, declara.

Segundo Miksa, a Aeroflex investiu também na segurança industrial com a separação dos setores de solventes, formulação de produtos e gases inflamáveis em diferentes espaços. Com cerca de 300 trabalhadores diretos, a empresa espera empregar 500 pessoas até 2018, tanto direta quanto indiretamente. “Nós tivemos uma redução da mão de obra na linha de produção, mas precisaremos de trabalhadores qualificados para atender diferentes processos.”

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