O Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, ganhará um hotel com pelo menos 150 quartos, localizado próximo ao estacionamento. O edital para a construção e exploração comercial foi lançado pela Infraero na última sexta-feira. Conforme o documento, a classificação do hotel precisará ser de, no mínimo, três estrelas. O empreendimento será construído em uma área de 5 mil metros quadrados. Um outro espaço, de seis metros quadrados, será concedido dentro da área do aeroporto, no saguão de desembarque, e será usado para a implantação do balcão de reservas.
O hotel poderá oferecer ainda uma série de serviços, como restaurantes, lanchonetes, centro de eventos ou sala de reuniões, salão de beleza, agência de turismo e câmbio, e lojas de conveniência. O edital contempla também a possibilidade de instalar monitores do Sistema de Informação de Voos (SIV) na dependência do hotel.
Um empreendimento semelhante foi inaugurado em outubro do ano passado no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. O grupo GJP, do empresário Guilherme Paulus, ex-controlador da operadora de viagens CVC, é quem explora o hotel, que possui 162 quartos. Foram investidos R$ 40 milhões no empreendimento, que demorou 21 meses para ser construído conforme a Infraero, a inauguração do hotel no Afonso Pena deve seguir prazo similar. No hotel do Galeão, de três estrelas, as diárias custam a partir de R$ 400.
Atualmente, estão sendo instalados hotéis nos aeroportos de Santos Dumont (RJ) e Vitória (ES). Um outro edital, para o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), também foi lançado na sexta-feira, prevendo pelo menos 200 quartos. A Infraero também avalia a instalação de hotéis e centros de negócios nos aeroportos de Londrina e Foz do Iguaçu, além de Florianópolis, Belém, São Luis, Salvador e Macapá.
Regras
A licitação para o Afonso Pena será no modelo de concorrência pela maior oferta e a abertura das propostas está marcada para o dia 11 de junho, em Brasília. O valor global estimado pela Infraero para a concessão é de R$ 25,6 milhões, considerando um valor mínimo mensal de R$ 88,8 mil que precisará ser pago pela concessionária. O prazo de vigência do contrato é de 25 anos, sem prorrogação.
Além disso, o responsável pelo empreendimento precisará pagar pela concessão um porcentual mínimo de 8% sobre o faturamento bruto decorrente da exploração comercial do hotel. O custo da construção do imóvel será bancado totalmente pelo vencedor da licitação.
