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Douglas Salvador, da Wow!: acompanhar os resultados é preciso | Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo
Douglas Salvador, da Wow!: acompanhar os resultados é preciso| Foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo

Em busca de criativos mais completos

A melhoria na gestão vai além da área administrativa, na opinião do publicitário e professor da Miami Ad School da Escola Superior de Propaganda e Marketing (MAS/ESPM), Paulo André Bione.

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Com 27 funcionários, a Wow! Comunicação pode ser considerada uma empresa de pequeno porte. Mas, sob o ponto de vista da gestão, o modelo adotado pela agência curitibana se assemelha mais com o de uma grande organização. Os indicadores administrativos desenvolvidos em parceria com a Fundação Dom Cabral, de Minas Gerais, são um exemplo disso. O sistema permite acompanhar e projetar com maior precisão a receita da companhia, além de medir os resultados de todas as operações e comparar o custo por hora de cada cliente.

"Foi-se o tempo em que os clientes investiam quantias exorbitantes em comunicação e não se preocupavam com os resultados. Vivemos em outra realidade, onde as margens são justas para todo mundo", diz o diretor geral da Wow!, Douglas Salvador. "Acho fundamental que os anunciantes enxerguem na agência um ambiente profissional, organizado e que também tenha metas financeiras."

O modelo foi adotado em 2006, um ano depois da abertura da Wow! e agora, diz o diretor, começa a dar resultados. A receita bruta da agência em 2007 foi de cerca de R$ 1,6 bilhão. Para 2008, a projeção é de que tenha chegado a quase R$ 2,4 bilhões, com uma lucratividade média de cerca de 23% – para uma empresa de serviços, segundo o Sebrae, este índice costuma ficar entre 15% e 20%.

Salvador diz que hoje é possível, com os indicadores, identificar problemas de produtividade na operação diária, como muito tempo desperdiçado em uma determinada peça. "Com base nisso, você pode fazer um orçamento mais preciso", aposta o diretor. "Em épocas de crise, quem tem o controle da gestão na palma da mão consegue manobrar melhor e se adaptar às mudanças."

Novos sócios

Esta também é a aposta do diretor de planejamento da OpusMúltipla, Rodrigo Havro Rodrigues. "Quando o barco é construído com um projeto sólido, balança menos na tempestade", compara. Em 2004, a agência foi transformada em uma sociedade anônima (S.A.) de capital fechado, ganhou um Conselho de Administração e, mais recentemente, teve sua composição societária alterada – alguns diretores passaram a ser acionistas. "Eles não são mais executivos contratados, passaram a ser donos também, o que muda o comprometimento e a responsabilidade com o negócio", avalia Rodrigues.

Como parte das melhorias administrativas, a OpusMúltipla definiu uma série de metas, considerando, entre outros, o número de trabalhos com erros técnicos ou entregues fora do prazo, a produtividade dos funcionários e os índices de satisfação de clientes e colaboradores. "A ideia é criar, até 2010, um centro de excelência em comunicação integrada."

Embora o projeto tenha sido iniciado há dois anos, ele foi anunciado oficialmente ao mercado durante um ciclo de palestras promovido pela empresa no início de novembro. "Queríamos apresentá-lo depois que já estivesse consolidado", diz. "De outubro de 2007 para cá, já aumentamos em 36% nosso nível de produtividade." O faturamento, diz o diretor, deve crescer 20% em 2008, na comparação com o ano anterior. E a estimativa e de um incremento de outros 15% ao longo deste ano.

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