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Relações internacionais

Alan Garcia critica projeto de gasoduto e diz que Petrobras não perderá dinheiro no Peru

Simpático com empresários brasileiros que o recepcionaram, nesta sexta-feira, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o presidente do Peru, Alan Garcia, não economizou críticas quando se referiu à Bolívia e à Venezuela.

Ele disse que o projeto do presidente venezuelano Hugo Chavez de construir um mega-gasoduto interligando as Américas é um "engano muchacho". Segundo Garcia, o Brasil ganharia muito mais se, em vez de entrar num projeto orçamento em US$ 20 bilhões, usasse o potencial excedente de geração hidrelétrica do Peru.

— Estou convencido que a condução (da energia extra gerada pelo Peru) para o Brasil é muitíssimo mais barata e rentável do que qualquer gasoduto — disse ele, em entrevista coletiva.

Garcia veio ao Brasil atrás de investimentos brasileiros e aproveitou para, nas suas palavras, "estender a mão" para a Petrobras. Ele sonha com uma fábrica da estatal brasileira no Peru. Neste ponto, sem citar nomes, atacou o colega m Evo Moralles, da Bolívia.

— A Petrobras tem muito dinheiro. E creio que o Peru é um país sério, onde a empresa não vai perder dinheiro. Tem a minha mão estendida; não vai ocorrer o que ocorreu em outros países — disse ele, acrescentando que o Peru tem "seriedade política e econômica e responsabilidade".

Garcia disse que o Brasil só terá vantagens se investir no Peru e espera que o BNDES financie esses projetos.

— Ganha-se hoje mais dinheiro no Peru do que no Brasil ou em qualquer outro país — observou.

De concreto na visita à Fiesp, Garcia ganhou a promessa de visita de uma missão de empresários brasileiros, programada para o primeiro semestre de 2007.

— O Peru é um país que não tem medo de crescer — disse o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, citando dados de que o país vizinho vai crescer 7% neste ano.

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