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Alckmin contraria Lula e diz que governo não pretende retaliar tarifaço de Trump

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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB) (Foto: Cadu Gomes/VPR)

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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), disse que o governo brasileiro não pretende retaliar o governo dos Estados Unidos (EUA) após o pacote de tarifas recíprocas anunciado pelo presidente Donald Trump.

De acordo com Alckmin, o governo não usará o projeto de lei da reciprocidade aprovado pelo Congresso contra as medidas impostas por Trump.

"[É] Uma boa legislação, necessária, importante, mas não pretendemos usá-la. O que queremos fazer é o diálogo e a negociação. Mesmo o Brasil ficando com a menor tarifa, 10%, ela é ruim. Ninguém ganha numa guerra tarifária, perde o conjunto", afirmou Alckmin em entrevista a um podcast, nesta quinta-feira (3).

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A declaração de Alckmin vai no sentido contrário do que afirmou mais cedo o presidente Lula (PT). Ao participar de um evento do governo em Brasília, o petista afirmou que o Brasil tomará “todas as medidas cabíveis” contra o tarifaço de Trump.

Lula afirmou que o governo recorrerá à Lei da Reciprocidade aprovada pelo Congresso, que ele deve sancionar em breve, e às diretrizes que garantem essa possibilidade na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Tarifaço

Na quarta-feira (2), após semanas falando no “Dia da Libertação”, Trump anunciou uma tarifa recíproca de 10% para o Brasil. O valor representa a taxa mínima imposta por Trump na comparação com outros países.

Além do Brasil, serão taxados com o mesmo percentual (10%) o Reino Unido e o Chile. A tarifa para a China será de 34%; União Europeia, 20%; Vietnã, 46%; Camboja, 49%; África do Sul, 30%; Israel, 17%; Japão, 24%.

Para o presidente dos EUA, sua nova política não vai igualar apenas as tarifas, mas também barreiras não tarifárias impostas a empresas americanas, além de “superávits excessivos”.

Trump pretende recuperar a relevância da indústria americana, criar novos empregos e reduzir o déficit comercial do país, que foi de quase US$ 1 trilhão (R$ 5,7 trilhões) em 2024.

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