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O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, deram início a uma série de conversas com representantes do governo dos Estados Unidos para discutir o “tarifaço” anunciado pelo presidente americano, Donald Trump.
Vieira e o novo Representante de Comércio dos EUA (USTR), Jamieson Greer, trataram nesta sexta-feira (7) sobre a tarifa de 25% às importações de aço e de alumínio pelos americanos. Em nota, o Itamaraty afirmou que a conversa foi positiva. “Vieira ressaltou o superávit comercial em favor dos EUA na balança bilateral e o papel do Brasil no fornecimento de bens e insumos aos EUA”, diz o comunicado.
Alckmin destacou que o Brasil e os EUA têm uma balança comercial de cerca de US$ 80 bilhões, com um superávit de US$ 200 milhões para os americanos, durante uma reunião com Greer e com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, nesta quinta-feira (6). O vice-presidente também comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
“Além disso, dos dez produtos que o Brasil mais importa dos Estados Unidos, oito a tarifa é zero. A tarifa média ponderada efetivamente recolhida é de 2,73%, bem abaixo do que sugerem as tarifas nominais”, disse a pasta, em nota.
O ministério destacou que o Brasil responde pelo 7º maior superávit comercial de bens dos EUA, que representa cerca de US$ 25 bilhões, somando bens e serviços.
“O vice-presidente considerou positiva a conversa e acredita que, através do diálogo, será possível chegar a um bom entendimento sobre a política tarifária e outras questões que envolvam a política comercial entre os países”, disse o ministério.
Alckmin e Vieira e os assessores de Trump concordaram em manter, nos próximos dias, reuniões bilaterais para discutir o tema. As reuniões ocorrerão virtualmente na próxima semana. O governo Lula tenta evitar que o Brasil se torne alvo das tarifas impostas por Trump a países como México, Canadá e China.
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