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Combustíveis

Alcopar e Petrobrás têm projetos para ampliar exportações de álcool pelo PR

Governo e usinas podem se unir para ligar Maringá ao porto de paranaguá por alcodutos

A Associação de Produtores de Álcool e Açúcar do Estado do Paraná (Alcopar) está analisando a viabilidade técnica e econômica de um projeto de alcoduto que ligue a região de Maringá ao Porto de Paranaguá. A intenção é unir algumas usinas e o governo estadual para a construção e operação do alcoduto. O investimento para o empreendimento, com base em análises preliminares, deve girar em torno de R$ 700 milhões a R$ 800 milhões. A Petrobrás, por meio da subsidiária de logística Transpetro, também pretende construir dois dutos que ligariam o Centro-Oeste do Brasil ao Porto de Paranaguá e à hidrovia Tietê-Paraná. A decisão sobre a realização do projeto, que está em fase de estudos há vários, deve ser feita nos próximos meses.

De acordo com o presidente da Alcopar, Anísio Tormena, as negociações sobre o alcoduto devem se acelerar no segundo semestre. A inauguração do terminal público de álcool no Porto de Paranaguá, prevista para o próximo mês, e o início das obras de um terminal de transbordo da Alcopar em Maringá contribuem para isso. Esse terminal, com investimentos privados de R$ 100 milhões, está na fase de terraplanagem e começa a funcionar no ano que vem. "Essa é a região onde vai ocorrer a expansão do setor sucroalcooleiro no Paraná, mas nada impede que haja ramificações para outras cidades", afirmou.

Entre as vantagens apontadas por Tormena estão a redução dos custos de transporte de álcool e a garantia de sanidade do produto. A participação do governo estadual no projeto poderia se dar por meio da Copel ou da Compagas, e a operação do alcoduto, nos moldes previstos pela Alcopar, ficaria à cargo de uma empresa de economia mista.

Os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental para os dutos da Petrobrás devem ficar prontos em dois meses. "Depois disso a Petrobrás homologa ou não o investimento no segundo corredor", diz o diretor de terminais e oleodutos da Transpetro, Marcelino Guedes. O investimento previsto é de US$ 1,5 milhão, com a utilização da estrutura atual da Petrobrás no Porto de Paranaguá. O primeiro corredor, que envolve a refinaria de Paulínia e os estados do Sudeste está passando por ampliações. Ele apresentou os projetos ontem, durante a reunião semanal do governo estadual.

No evento de ontem, a Transpetro assinou convênio para a liberação de R$ 12,2 milhões ao Porto de Paranaguá e à Prefeitura de Antonina (litoral do estado). O repasse já estava previsto no contrato de arrendamento de uma área de 182 mil metros quadrados para a Transpetro, firmado há um ano. A maior parte dos recursos (R$ 7,2 milhões) serão usados para melhorias dos acessos ao Porto de Antonina. A expectativa da prefeitura é finalizar as obras em outubro de 2008. O restante dos recursos será utilizado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) para o treinamento de pessoal e aquisição de equipamentos para o Centro de Excelência em Defesa Ambiental do Porto de Paranaguá (Ceda Taguaré).

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