A seguradora alemã Allianz SE, a maior da Europa em capitalização de mercado, anunciou neste domingo a venda do Dresdner Bank AG ao banco alemão Commerzbank AG, numa transação avaliada em 9,8 bilhões que marca um dos maiores movimentos na consolidação do sistema bancário alemão.
O acordo será implementado em duas etapas e estará completo até o final de 2009, disse a Allianz neste domingo.
O Commerzbank financiará a aquisição com a emissão de novas ações, algumas das quais serão vendidas no mercado e outras que serão dadas à Allianz, como parte do acordo.
A aquisição, que combinará o segundo e o terceiro maiores bancos da Alemanha em ativos, criará um rival mais formidável para o Deutsche Bank AG.
A Allianz disse que o Commerzbank pagará 2,5 bilhões em dinheiro vivo na transação. Desta soma, 975 milhões serão usados como um seguro de cobertura de ativos do Dresdner, e serão pagos apenas em 2018, se não forem usados na cobertura.
A Allianz diz que o acordo tem o potencial de economizar 5 bilhões em sinergias, após a dedução dos custos de reestruturação.
Em um comunicado separado, o Commerzbank disse que a sinergia total das operações ocorrerá em 2011, e que 2 bilhões serão gastos na reestruturação em 2009.
O Commerzbank também informou que a fusão levará à eliminação de 9 mil dos 67 mil empregos que os dois bancos têm no momento.
"Apenas um banco forte pode oferecer empregos seguros a longo prazo," disse Eric Strutz, chefe-financeiro do Commerzbank.
Cerca de 2,5 mil desses empregos serão cortados fora da Alemanha, informou o Commerzbank, acrescentando que 70% dos cargos afetados relacionam-se à controladoria, 'investing banking' e produção.
O Dresdner Bank já eliminou 17 mil empregos desde 2001.
"O Commerzbank e o Dresdner Bank são companheiros fantásticos - nós divisamos perspectivas de crescimento e a plataforma de distribuição mais efetiva da indústria bancária alemã," disse o executivo-chefe do Commerzbank, Martin Blessing.
A Allianz comprou o Dresdner Bank por 24 bilhões em 2001. A venda para o Commerzbank representa o fim de uma saga na qual o Dresdner foi uma contínua draga nas finanças da seguradora, apesar de várias tentativas de reestruturar o banco. As informações são da Dow Jones.



