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Negócio

Amil compra 52% da Medial Saúde

Com unificação das operações, empresas devem ganhar mais força para se recuperar do baque sofrido pela crise e pela gripe suína, que aumentou seus custos

Prédio da Amil em São Paulo, onde a operadora ganhará mais participação | Divulgação
Prédio da Amil em São Paulo, onde a operadora ganhará mais participação (Foto: Divulgação)

A Amil Participações anunciou a compra de 51,9% do capital da Medial Saúde, o que lhe permite assumir o controle da empresa. Com a aquisição, a companhia ultrapassa os 5 milhões de beneficiários. Segundo a Amil, o preço a ser pago aos controladores do grupo foi fixado em R$ 612,5 milhões, o que significa R$ 17,20 por ação da Medial Saúde e aproximadamente R$ 8,40 por ação da Medial Participações.A Amil informou, ainda, que fará uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) pelas ações da Medial que se encontram nas mãos de minoritários "em igualdade de condições, inclusive preço, àquelas acordadas com os acionistas controladores da Medial Saúde". Essa é uma exigência do Novo Mercado, segmento da BM&FBovespa que tem regras rígidas de governança corporativa no qual estão listados os papeis de ambas as empresas.

"Para o cliente, tudo permanecerá como antes, já que a Amilpar irá cumprir rigorosamente todos os contratos firmados anteriormente pela Medial Saúde. As oportunidades são de melhoria para todos, fazendo parte de uma empresa maior que sempre visa a qualidade acima de tudo", afirmou Erwin Kleuser, diretor de Relações com Investidores da Amilpar, em comunicado.

A operação será submetida à aprovação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e aos órgãos de defesa da concorrência.

Estratégia

De acordo com especialistas do mercado financeiro, a aquisição da Medial tem como principal objetivo firmar a presença da Amil em locais onde a sua presença não é muito forte, como a região metropolitana de São Paulo. Com a compra, a participação de mercado da Amilpar em São Paulo passará de 7,9% para 15,1%, e, no Brasil, irá de 6,2% para 10,1%, com um total de 4,2 milhões de beneficiários em planos de saúde e 986 mil clientes em planos de assistência dental. Essa vantagem é que justificaria o elevado prêmio pago sobre as ações da Medial. Na quarta-feira, elas estavam cotadas a R$ 14,70 e saltaram ontem 11,56%, para R$ 16,40.

Também se trata de uma chance de a Amil melhorar o seu desempenho após alguns trimestres de resultados desapontadores. No segundo trimestre deste ano, o lucro líquido do grupo foi de apenas R$ 600 mil, ante os R$ 61,4 milhões verificados no mesmo período de 2008.

As vendas de produtos têm crescido, porém as despesas aumentaram muito mais devido principalmente a dois fenômenos: a gripe suína, que disparou uma corrida a médicos e hospitais, e a crise econômica internacional.

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