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Para comprar um imóvel sem problemas, fique de olho na documentação | Daniel Castellano / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Para comprar um imóvel sem problemas, fique de olho na documentação| Foto: Daniel Castellano / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Sem dúvidas para o pagamento

Com a compra definida, vem o planejamento para pagar o imóvel. "A construtora ou imobiliária não pode induzir o cliente a fazer o financiamento ou consórcio em determinado banco. Algumas empresas têm parceiros e sugerem aquela instituição financeira porque, nos casos de imóveis em construção, o processo fica mais fácil", alerta Gustavo Selig, presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do PR (Ademi-PR).

No caso de financiamento, cada banco possui suas próprias regras, mas nenhum pode comprometer mais de 30% da renda do comprador. Isso é que acaba determinando o valor que a pessoa pode emprestar para a compra.

De acordo com Maria Célia Rossato Ferreira, gerente geral da Caixa Econômica Federal em Curitiba, o ideal é que o comprador vá primeiro ao banco para fazer uma aprovação de crédito e ver quanto ela pode financiar. "Normalmente, a pessoa já escolheu o imóvel e já traz tudo para ver se pode financiar. Com a documentação, o setor de engenharia do banco faz uma avaliação do imóvel para ver se não há vícios construtivos e se o preço está condizente com o de mercado", explica.

Caso o preço esteja superior ao avaliado pelo banco, o financiamento liberado tem base no valor definido pelo engenheiro do banco, nunca pela imobiliária ou construtora. "A avaliação segue um critério absolutamente de mercado e a diferença é muito pequena, a não ser que o imóvel tenha muitas benfeitorias internas", esclarece.

Em Curitiba, a procura por financiamentos é alta. Em 2009, a Caixa aceitou 21.546 pedidos de financiamento, no valor de R$ 1,4 bilhão. Neste ano, até setembro, já foram 19.412 pedidos, que totalizam R$ 1,3 bilhão. Já no Paraná, até setembro de 2010, a Caixa já financiou R$ 3,6 bilhões, em 48.353 pedidos. (FT)

Ao comprar um imóvel, seja para moradia ou investimento, não basta apenas analisar a sua aparência ou a localização. Para garantir um bom negócio e evitar problemas no futuro, é fundamental que o comprador verifique as informações sobre o empreendimento e a construtora, além de checar se as certidões da habitação estão regularizadas, independentemente de ser um imóvel novo ou usado.

No caso de um imóvel novo, o primeiro passo para o comprado é conhecer o passado das empresas envolvidas no projeto. A orientação da advogada Tais D’Amico Bonet, assessora jurídica do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná (Sinduscon-PR), é procurar saber o que já foi feito pelas empresas e se os clientes saíram satisfeitos.

Depois de escolher o empreendimento, a pessoa que vai adquirir o bem deve checar a documentação do imóvel. Entre os documentos mais importantes estão o memorial descritivo, que especifica como o apartamento ou casa será entregue pela construtora, e o registro de incorporação. "Na divulgação do empreendimento, este número já deve ser divulgado. Para obter esse registro, o incorporador apresenta uma série de documentos e sem esse número ele não pode negociar o imóvel", alerta Tais.

Outra precaução é pedir a matrícula imobiliária atualizada junto ao Registro de Imóveis, o que vai mostrar se o imóvel em questão não tem nenhuma penhora judicial ou hipoteca. No mesmo local, é interessante checar as certidões de impostos municipais, estaduais e federais. No caso de casas ou apartamentos usados, é preciso descobrir se o vendedor tem alguma dívida com o condomínio e verificar se o imóvel não está arrolado em nenhuma disputa judicial.

Imóvel

O administrador de empresas Carlos Quandt escolheu o mercado imobiliário para fazer investimentos e, mesmo não comprando imóveis para uso próprio, tem um método eficaz para definir suas compras. "Eu verifico se tudo o que foi prometido está registrado. Infelizmente, existe muita gente que oferece um produto e só depois você vê que aquilo é uma arapuca", comenta. Além disso, ele procura se informar sobre as condições financeiras da construtora com a qual está negociando. "Agora o risco de você receber um calote diminuiu muito, mas é preciso ter cuidado redobrado principalmente na primeira compra", aconselha.

Para ele, outros fatores que pesam na hora de escolher um imóvel são a localização, a posição da insolação, acabamento, o tamanho dos cômodos e o tipo da vaga de garagem.

Se mesmo com tantos cuidados a compra se revelar um mau negócio, ainda é possível recorrer à justiça. Para isso, Taís aconselha que o comprador guarde os folhetos do imóvel, caso queira entrar com um processo.

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