Apesar de atuação do BC, dólar tem forte alta e atinge R$ 2,45

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O dólar comercial opera com valorização desde a abertura dos negócios nesta sexta-feira (21). Por volta das 14h40, apesar de uma atuação do Banco Central no mercado de câmbio, a moeda continuava a subir, cotada a R$ 2,449 para a venda, com valorização de 2,46%.

O Banco Central (BC) colocou parcialmente os contratos de swap cambial oferecidos em leilão. Na transação realizada das 12h45 às 13h, a autoridade monetária vendeu US$ 372,5 milhões em contratos de swap cambial com ajuste periódico.

O mercado aceitou 7,5 mil contratos, de um lote que somava 10 mil ativos, todos com vencimento em 2 de fevereiro de 2009. Com essa operação, o BC tem como objetivo fornecer "hedge" (proteção) às empresas - pagando a variação do dólar e recebendo juros.

Mercado interno

No entanto, há uma grande notícia corporativa sendo repercutida pelo mercado. O Banco Brasil fechou a compra da Nossa Caixa, por R$ 5,386 bilhões. Isso representa R$ 70,63 por ação, o que equivale a um prêmio de 37,68% sobre o valor de fechamento da ação do banco estadual na quarta-feira.

Além disso, a Petrobras divulgou a descoberta de mais petróleo na área do pré-sal. O comunicado da companhia informou que o óleo foi encontrado abaixo dos campos de Baleia Franca, Baleia Azul e Jubarte, com reservas estimadas entre 1,5 bilhão e 2 bilhões de barris de óleo equivalente (boe).

Economia real

Os investidores seguem atentos aos efeitos da crise sobre a economia real. Foco, mais uma vez, nas ações do Citigroup, que disparam no pré-mercado, reagindo a uma notícia publicada no Wall Street Journal (WSJ) indicando que o banco avalia sua venda. Contribuindo para o sentimento positivo, a Dell apresentou resultado trimestral acima do esperado.

Na quinta,as ações do Citi voltaram a cair mais de 20% em meio à crescente preocupação com a continuidade dos negócios da instituição. O papel não ganhou fôlego mesmo depois que o príncipe saudita Alwaleed bin Talal anunciou que aumentará sua participação no banco.

Nos Estados Unidos, o Washington Mutual anunciou que vai demitir 1,6 mil funcionários já em 1º de dezembro. O banco, que foi adquirido pelo JP Morgan, está passando por um processo de corte de custos.