O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), opera em alta na sessão desta sexta-feira (13) e, às 11h07, subia 1,66% aos 54.309 pontos. O dólar comercial se desvaloriza frente ao real e, no mesmo horário, recuava 0,39% cotado a R$ 2,030 na compra e R$ 2,032 na venda. Os investidores repercutem o anúncio do Produto Interno Bruto (PIB) da China, no segundo trimestre, e um novo programa de estímulo a empréstimos bancários no Reino Unido. As ações da Petrobras refletem positivamente o reajuste de 6% nas refinarias do diesel anunciado ontem e ajudam na valorização do Ibovespa.
"O mercado está interpretando positivamente o resultado do PIB chinês no segundo trimestre, pois estimulará novos cortes de juro, redução de compulsórios, gastos fiscais", diz o economista Darwin Dib, da Capital Markets.
Na quinta, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou em queda de 0,28% aos 53.420 pontos e volume negociado de R$ 5,5 bilhões. Foi o quarto pregão consecutivo de queda. A moeda americana se valorizou 0,24% e fechou negociada a R$ 2,038 na compra e R$ 2,040 na venda ontem.
Entre as maiores alta do Ibovespa estão os papéis PN da Petrobras, que sobem 5,27% a R$ 19,56, e as ações ON da empresa se valorizam 5,16% a R$ 20,16. O reajuste do diesel foi anunciado após o fechamento do mercado na quinta. Para o consumidor, o aumento será de 4%. Na ponta das baixas, os papéis ON da OI caem 2,18% a R$ 10,77.
Na Europa, as Bolsas também operam em alta. O índice Ibex, do pregão de Madri, sobe 0,77%; o Dax, da Bolsa de Frankfurt, se valoriza 1,64%; o Cac, de Paris, avança 1,02% e o FTSE, da Bolsa de Londres, sobe 0,91%. Nos EUA, os principais indicadores também sobem. O S&P 500 se valoriza 0,97%, o Dow Jones ganha 1,22% e o Nasdaq avançla 1,06%.
Os investidores repercutem o PIB da China, que avançou 7,6% no segundo trimestre de 2012 em relação ao mesmo período do ano passado. É o menor percentual desde 2009, auge da crise mundial. No primeiro semestre do ano, o PIB chinês avançou 8,1%.
"O número veio dentro do esperado e já estava precificado pelo mercado. Os economistas avaliam que as duas reduções de juro promovidas pelo governo chinês para estimular o crédito e o consumo doméstico devem começar a produzir resultados já no terceiro trimestre", diz o operador de uma corretora de São Paulo.
Além do PIB, o governo chinês informou que a produção industrial aumentou 9,5% em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em maio, a produção industrial anualizada ficou em 9,6%. Na comparação com maio deste ano, a produção industrial chinesa cresceu 0,76% em junho. No primeiro semestre, a alta é de 10,5% em relação a igual período de 2011.
As Bolsas europeias também repercutem positivamente o anúncio feito pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) e pelo Tesouro do Reino Unido. Foi lançado um programa para estimular os bancos a concederem empréstimos para pessoas físicas e empresas britânicas. As instituições que aumentarem a oferta de crédito poderão tomar recursos de uma linha de liquidez especial a um juro menor do que o do mercado.
Também na Europa, a agência de classificação de risco da Moody's reduziu a nota de crédito de longo prazo da Itília de 'A3' para 'Baa2' com perspectiva negativa. Segundo a Moody's, o país está mais exposto a uma deterioração na crise da zona do euro e pode não cumprir suas metas fiscais com a economia mais fraca. E, na Espanha, os bancos acumulavam em junho uma dívida recorde de 337,2 bilhões de euros com o Banco Central Europeu (BCE), segundo dados publicados nesta sexta-feira pelo Banco da Espanha.
Nos Estados Unidos, o banco JP Morgan informou que obteve no segundo trimestre de 2012 um lucro líquido de US$ 4,96 bilhões, representando uma queda de 8,7% em relação ao mesmo período do ano passado. O lucro do banco americano Wells Fargo aumentou 17,1%, para US$ 4,62 bilhões, no segundo trimestre em relação ao mesmo trimestre de 2011, beneficiado pelos sinais de estabilização no mercado imobiliário, de acordo com a instituição.
Na Ásia, as Bolsas fecharam em alta após o anúncio do PIB da China. Os investidores ficaram aliviados com o fato do número não ter vindo menor do que o esperado. No Japão, o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, fechou em alta de 0,05%. Na Coreia do Sul, o índice Kospi, de Seul, subiu 1,54%. Na China, o Xangai Composto subiu 0,02% e em Hong Kong, o índice Hang Seng, fechou em alta de 0,35%. Na semana, o Nikkei apresentou recuo de 3,29%, o Kospi teve queda de 2,44%, o Xangai Composto caiu 1,70% e o Hang Seng perdeu 3,57%.
