Aposentada neste ano, a catarinense Salfer deu lugar à mineira Ricardo Eletro em 58 lojas de móveis e eletrodomésticos do Paraná. No estado, a transição das marcas – sacramentada com a troca dos letreiros nas fachadas – foi concluída em outubro.
Em todo o Sul do país, apenas três lojas em Santa Catarina ainda não receberam a placa da Ricardo Eletro. Ao todo, a Máquina tem 158 pontos de venda na região.
O logotipo da Salfer e a abelha que representa a marca ainda aparecem na entrada das lojas, em tamanho menor, ao lado do símbolo da Ricardo Eletro. Em processos como esse, no entanto, é comum que ao longo do tempo uma marca prevaleça.
A Salfer está presente em 56 cidades paranaenses. Apenas Maringá e Curitiba têm mais de uma loja. Na capital, as lojas ficam na Rua Marechal Deodoro, no Centro, e na Rua Izaac Ferreira da Cruz, no Sítio Cercado.
Consolidação
Salfer e Ricardo Eletro fazem parte da Máquina de Vendas, gigante varejista que nasceu em 2010 da união da Ricardo Eletro com a baiana Insinuante.
Ainda em 2010 a rede incorporou a City Lar, com sede em Mato Grosso, e em 2011 adquiriu a Eletroshopping, de Pernambuco. Em 2012, o grupo entrou na Região Sul com a compra da Salfer.
No início deste ano, a Máquina decidiu usar apenas uma bandeira em todas as suas lojas no país, substituindo aos poucos as marcas regionais, e escolheu a Ricardo Eletro para a unificação. O próprio fundador da varejista mineira, Ricardo Nunes, que assumiu a presidência da Máquina de Vendas neste ano, é o garoto-propaganda da rede.
Menos despesas
A unificação das bandeiras deve reduzir os custos de marketing da Máquina de Vendas em aproximadamente R$ 40 milhões. A economia com a integração dos centros de distribuição e estruturas administrativas chega a R$ 180 milhões.
A queda nas despesas é muito bem-vinda em meio às dificuldades do comércio em geral e da Máquina de Vendas em particular. As vendas de móveis e eletrodomésticos em todo o país despencaram 14% em 2015 e 15% no acumulado de janeiro a setembro deste ano, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE.
Assim como toda a concorrência, a Máquina de Vendas fechou lojas – hoje são menos de mil no país. A dívida da empresa é de R$ 897 milhões.
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