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Atualizado em 09/05/2006 às 18h56

Com a maioria dos votos entre todas as classes de credenciados, o administrador judicial do plano de recuperação da Varig, Alberto Fiori, da consultoria Deloitte, anunciou a aprovação do plano unificado, que mescla as propostas do Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) com o plano da consultoria Alvarez e Marsal, apoiado pelo governo federal.

Com a unificação das propostas de capitalização da companhia, fica estabelecido um leilão seqüencial para a Varig, que permitirá que os investidores escolham entre diferentes opções de venda da empresa.

O preço mínimo fechado para a aquisição de toda a Varig, com as rotas nacionais e internacionais e livre de passivos, será de US$ 860 milhões, segundo informações de Márcio Marsilac, presidente do TGV. Se esse valor não for atingido no leilão da Varig inteira, poderão ser abertos envelopes com as opções diferenciadas de venda da companhia, para ver se alguma delas atinge o valor desejado ou ultrapassa esse montante.

Pela proposta inicial do plano do TGV, uma opção seria a separação da Varig operacional - com as rotas domésticas e internacionais -, que iria a leilão, da Varig comercial, que ficaria com o passivo da companhia. Já pelo plano original da consultoria Alvarez & Marsal, apoiado pelo governo, a Varig seria dividida em Varig Doméstica e Internacional, com a venda apenas das rotas nacionais.

Em qualquer uma das opções de compra, o BNDES concederá um empréstimo-ponte no valor de US$ 100 milhões ao investidor, cujos detalhes serão anunciados após a aprovação do modelo. Esse empréstimo será utilizado para capital de giro até o leilão, que está previsto para ser realizado dentro de 60 dias.

O investidor que fizer o empréstimo-ponte poderá participar do leilão pagando um lance apenas do restante do valor estabelecido como preço mínimo, que é de US$ 860 milhões, ou poderá pedir reembolso corrigido do valor investido.

Em discurso de encerramento da assembléia de credores da Varig, o presidente da Varig, Marcelo Bottini, afirmou que a empresa deu um grande passo para a solução da crise pela qual atravessa ao aprovar, com quase a totalidade dos votos, a proposta unificada de capitalização.

- A Varig comemorou 79 anos no dia 7 de maio. Hoje estamos dando este presente à empresa e a nós mesmos. Damos um grande passo - afirmou o executivo, aplaudido pelas pouco mais de mil pessoas que compareceram à assembléia de credores da companhia, no hangar da Varig, no aeroporto Santos Dumont.

A assembléia marcada para as 9h desta terça-feira começou com cerca de duas horas de atraso, já que os representantes do TGV e da consultoria Alvarez e Marsal ainda acertavam os últimos detalhes da proposta conjunta.

No encontro, no hangar da Varig, no Aeroporto Santos Dumont, no Rio, credores da classe um (trabalhadores) votaram com 98,63% dos créditos em prol do plano unificado, e credores das classes dois (com garantias representados pelo fundo de pensão Aerus) e três (sem garantias representados por Infraero e empresas de leasing) aprovaram a proposta com 100% dos créditos.

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