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Diante da desaceleração da economia no segundo trimestre, a arrecadação de impostos e contribuições federais perdeu fôlego em junho. Segundo o Grupo Estado apurou, o ingresso de recursos para o caixa do governo federal no mês passado cresceu num ritmo menor do que o esperado pela equipe econômica.

Embora os dados sejam preliminares, a arrecadação acende a luz amarela e alimenta incertezas sobre a capacidade de o governo cumprir a meta fiscal de superávit primário de 3,3% do PIB, sem apelar para outros recursos. A equipe econômica deposita todas suas fichas no crescimento da arrecadação tributária para cumprir a meta fiscal.

Por outro lado, na avaliação do Ministério da Fazenda, é mais um indicador, além da inflação e produção industrial, que estaria sinalizando que o crescimento da economia não será tão forte. Como já ocorreu em maio, o governo pode acabar novamente contando com um esforço maior de Estados, municípios e empresas estatais para melhorar as contas públicas. E ainda pode retomar a busca por manobras como depósitos judiciais, ampliação de repasse de dividendos, para cumprir a meta sem descontar os investimentos.

Nos cinco primeiros meses do ano, a arrecadação somou R$ 318 bilhões, com alta real (descontado o IPCA) de 13,27% ante igual período de 2009. De janeiro a maio deste ano, o superávit primário do setor público - economia para o pagamento de juros da dívida - somou R$ 38 bilhões, o equivalente a 2,72% do PIB.

O dado da arrecadação de junho só sairá no fim do mês. Oficialmente, o alto escalão do Ministério da Fazenda não confirma que a arrecadação está abaixo do projetado. Em tom descontraído, o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, disse que a informação seria "intriga da oposição", mas em seguida afirmou que junho costuma ser um "mês ingrato".

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