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Curitiba – A proximidade do Natal não movimenta só o comércio de rua e os shopping centers – que já estão vendendo quase 20% a mais que na mesma época do ano passado, segundo a Associação Comercial do Paraná (ACP). Instalados nas tradicionais feiras natalinas das praças Osório e Tiradentes, os artesãos também tentam, há duas semanas, abocanhar uma parte do 13.º salário dos papais noéis curitibanos. Desde ontem, mais 250 lojistas passaram a disputar o dinheiro extra de fim de ano, com a abertura da 1.ª Mega Feira de Natal, instalada no centro de exposições do Parque Barigüi.

Mas a exposição recém-aberta não chega a ser exatamente uma concorrente das feiras do centro da cidade. Embora no Barigüi também estejam à venda bijouterias, artigos de couro e artesanatos, a predominância é de lojas de roupas e presentes um pouco mais caros – como perfumes, bebidas, artigos de praia e churrasco e até automóveis.

Na feira de filhotes instalada no pavilhão, há desde pequenos cães dachsund ("lingüicinha") por R$ 200 até cães da raça chow chow por valores entre R$ 500 e R$ 1 mil. Para os meninos que ainda brincam de caminhãozinho, a Kelly Artesanatos tem carretas de plástico por R$ 10. Mas, para o desespero dos pais, o que mais chama a atenção no estande é um caminhão bem maior, de madeira, com molas de amortecimento e assentos estofados na cabine. Sai por R$ 2,5 mil.

Quem ainda não enfeitou a casa para as festas natalinas também pode encontrar, no Barigüi, arranjos de mesa e guirlandas. Além disso, peças de decoração para o ano inteiro estão à venda em lojas como a Phedras, que oferece caixas estilizadas para aromatizar ambientes. Chamadas de "pot-pourri", elas misturam velas a todo o tipo de folha e semente nativa, colhidas em Curitiba e região.

No mesmo estande, a Seasons vende sabonetes e velas aromatizadas. A principal atração é um pequeno sabonete à base das "sete ervas que protegem contra o mau olhado", explica a gerente Márcia Kubis. O conjunto, chamado "Sai Uruca", leva ainda uma fita do Senhor do Bonfim e um galhinho de arruda e custa R$ 5. "É ótimo para o amigo que teve um ano daqueles", diz Márcia.

Na Praça Osório, o movimento de pessoas atrás de lembranças é intenso. A vendedora Beatriz de Andrade conta que, no início da feira, os consumidores só procuravam presépios e outros enfeites típicos da época. Agora, a procura maior é por doces de frutas em compota e outros presentes. Dulcinéia Pereira, outra artesã, confirma a tendência: "Na primeira semana só saíam artigos para pendurar na porta. Agora saem mais artigos de mesa. Semana que vem, a procura maior com certeza será por presentes."

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