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Black Ops II se mostra com uma inteligência artificial mais trabalhada e afasta uma de suas principais críticas: a “roteirização excessiva” | Divulgação
Black Ops II se mostra com uma inteligência artificial mais trabalhada e afasta uma de suas principais críticas: a “roteirização excessiva”| Foto: Divulgação

Notas

Menos um

A última semana foi de festa para os consumidores da Steam, que promoveu mais uma semana de descontos incríveis para jogos distribuídos somente em formato digital, agora com preços em reais. Por outro lado, os consumidores foram surpreendidos com o comunicado de que a Xogo, uma das pioneiras em vendas digitais no Brasil, vai fechar as portas, segundo o site Kotaku. Os clientes que já compraram na Xogo devem baixar seus jogos até 1º de dezembro, quando o site da empresa sairá do ar definitivamente. A chegada da Steam em solo nacional com seus preços no chão pode provocar novas baixas.

Classificação etária

Os jogos vendidos exclusivamente por lojas on-line, como Xbox Live, Steam e Apple App Store, acabavam burlando, de maneira não intencional, o sistema de classificação etária do Ministério da Justiça. Na semana passada, o governo decidiu adotar parcialmente as classificações empregadas em outros países, como a ESRB ou PEGI. Segundo Davi Pires, diretor adjunto do Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação, em entrevista à Agência Brasil, os próprios desenvolvedores devem fazer a pré-classificação. Pires também explicou que o MJ estuda modificar o atual sistema, para tentar unificar com o oferecido em outros países.

Careca assassino

Hitman: Absolution, o quinto jogo da série, já está disponível no mercado nacional, com preços a partir de R$ 99 (versão PC). O jogador poderá viver mais uma vez uma aventura na pele de um dos mais conhecidos assassinos dos videogames, o Assassino 47. Desta vez o jogo explora o lado mais letal do protagonista careca. Tudo pode se tornar uma arma nas mãos dele, até mesmo uma xícara de café.

Mais uma história sobre terrorismo. Mais uma campanha que leva o jogador a dar uma volta ao mundo. Um multiplayer competitivo e com milhões de usuários. E mais alguns recordes quebrados. O roteiro pré-definido que se segue após o lançamento de um novo Call of Duty pode esconder o fator crucial: a série continua avançando com uma jogabilidade afiada fundida com um design de fases que não deixa a adrenalina cessar. Call of Duty: Black Ops II, que se tornou o produto de entretenimento com maior faturamento da história (US$ 500 milhões) nas primeiras 24 horas de vendas, reforça a tese. Este é o produto cultural mais relevante da atualidade.

Em Black Ops II, o jogador participará de duas "guerras frias" em períodos distintos. A primeira delas é baseada nos anos 70 e 80, com armamentos reais. No passado, o jogador acompanha o agente especial Alex Mason em missões nos EUA, América Central e Afeganistão. Na "segunda guerra fria", lá pelos idos de 2020, será a vez de encarnar David Mason, filho de Alex, em uma perseguição contra o terrorista Raul Menendez, que tenta fabricar uma guerra entre norte-americanos e chineses. Apesar de se passar no futuro, novidade em Call of Duty, o arsenal se mantém o mais realista possível, usando um pouco de liberdade artística apenas na criação de veículos não tripulados, como os droids.

E um dos avanços mais perceptíveis na série que já vendeu mais de 130 milhões de cópias em sua história é uma inédita quebra de linearidade. Pela primeira vez os jogadores terão entroncamentos narrativos. As escolhas influenciam, mesmo que timidamente, no desenrolar da trama. É uma mudança radical num franquia conhecida por guiar o jogador num túnel apertado até o final. Sim, a característica principal da série, as missões extremamente agitadas como se fosse uma corrida de 100m, ainda está lá. O jogo não recua um milímetro na estratégia que vem dando certo há anos. Os momentos de ação são frenéticos e interrompidos apenas por pequenas "cut scenes" providenciais (todo mundo precisar respirar). Nem o avanço, com a possibilidade de fazer escolhas, e que geram finais diferentes para o arqui-inimigo, consegue barrar a velocidade dos acontecimentos.

Além das escolhas, os mapas estão mais inteligentes e permitem ao jogador escolher diferentes estratégias para alcançar um objetivo. Nas versões anteriores, era quase obrigatório seguir a linha traçada pelos desenvolvedores. Qualquer outra ação levava o jogador à morte instantânea. Agora, pode-se escolher caminhos alternativos. Pode-se flanquear inimigos e variar o equipamento conforme a tática adotada. Com isso, Black Ops II se mostra com uma inteligência artificial mais trabalhada e afasta uma de suas principais críticas: a "roteirização excessiva". O multiplayer recebeu poucas melhorias, como personalização e novo sistema de bonificação, o suficiente para manter a série por mais um ano como a mais popular dos jogos FPS.

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