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A assembléia de acionistas da Telemar que decidiria sobre a reestruturação acionária que a empresa tenta levar adiante, que aconteceria nesta segunda-feira, foi suspensa pela desembargadora Valéria Maron, do Tribunal de Justiça do Rio.

A mesma desembargadora havia concedido uma antecipação de tutela aos fundos de investimento Polo HG e Polo Norte, que pediram que detentores de papéis ordinários fossem impedidos de voltar na assembléia.

A reestruturação visa a retirar do mercado ações das empresas Telemar Participações, Tele Norte Leste Participações e Telemar Norte Leste, dando em troca ações da Oi Participações, que será criada.

A decisão impede que grandes investidores que são favoráveis à reestruturação, segundo fontes de mercado - como Previ, Banco do Brasil e BNDES - votem durante a assembléia, já que eles têm não apenas ações preferenciais, mas também ordinárias.

Os preferencialistas, como os fundos da Polo, reclamam da relação de troca estipulada pela Telemar, já que os detentores de ações ordinárias receberiam 2,6 vezes mais ações da nova empresa que os donos de papéis preferenciais.

A Telemar pediu que a juíza reconsiderasse sua decisão sobre a proibição dos acionistas ordinários e preferenciais votassem, o que não aconteceu. A empresa alega que em um parecer divulgado previamente, a Comissão de Valores Mobiliários, xerife do mercado de ações no Brasil, permitiu que aqueles acionistas que tivessem os dois papéis poderiam votar com suas ações preferenciais.

A desembargadora decidiu suspender a assembléia até que a CVM seja ouvida sobre o caso.

A expectativa do mercado era de que a reestruturação fosse aprovada nesta terceira tentativa, caso Previ e BNDES, que têm cerca de 6% das ações PN da empresa, pudessem votar.

É que nesta ocasião, o quórum mínimo exigido para a realização da assembléia caía de detentores de 50% das ações da uma para 25%.

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