• Carregando...

O número de trabalhadores norte-americanos entrando com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou na semana passada, após uma breve desaceleração, mostraram dados divulgados nesta quinta-feira, à medida que os empregadores cortavam postos de trabalho para combater o declínio econômico que se agravava.

Os novos pedidos de auxílio-desemprego subiram para o patamar ajustado de 524 mil na semana encerrada em 10 de janeiro, superando as previsões dos analistas de um aumento para 500 mil e a leitura da semana anterior de 470 mil.

Essa foi a maior leitura do indicador desde a semana encerrada em 20 de dezembro. Os dados divulgados mais recentemente foram distorcidos pelas semanas comprimidas pelos feriados de fim de ano.

O relatório do Departamento de Trabalho, junto com os dados de que a produção manufatureira em Nova York caiu em janeiro pelo quinto mês consecutivo, alimentou os temores de que a recessão dos EUA, que já dura um ano, será a mais longa desde a Grande Depressão.

"Os novos pedidos de auxílio-desemprego vieram mais altos que o esperado, mas não voltaram aos níveis do início de setembro", disse David Sloan, economista da 4CAST Ltd em Nova York. No entanto, "isso sugere que os dados de emprego de janeiro serão outro número fraco".

Os dados referentes à semana passada mostraram que 524 mil pessoas foram demitidas em dezembro, levando a taxa de desemprego para 7,2 por cento, seu maior patamar em quase 16 anos.

Mas o declínio econômico acentuado está contendo as pressões inflacionárias, alimentando os temores de deflação, que podem complicar o processo de recuperação.

O Departamento de Trabalho divulgou que o índice de preços no atacado caiu 1,9 por cento em dezembro, na quinta queda mensal seguida, após o recuo de 2,2 por cento no mês anterior. O resultado se deve em parte à queda recorde nos preços da gasolina.

"Nós estamos seguindo em direção a um ambiente deflacionário em 2009", disse Kurt Karl, economista-chefe nos Estados Unidos da Swiss Re.

Analistas consultados pela Reuters previam um declínio de 2 por cento no índice geral. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o indicador de preços no atacado caiu 0,9 por cento, a menor leitura desde outubro de 2006, quando o índice cedeu 1,2 por cento.

O núcleo do indicador, que exclui os custos com energia e alimentos, subiu em 0,2 por cento em dezembro, levemente acima das expectativas do mercado de uma alta de 0,1 por cento. Em novembro, a leitura apontou alta de 0,1 por cento.

O núcleo dos preços no atacado subiu 4,3 por cento nos últimos 12 meses, no maior nível desde outubro, quando ele ficou em 4,4 por cento.

Um outro relatório mostrou que a produção manufatureira de Nova York ficou em menos 22,20 neste mês, acima do patamar revisada de dezembro de menos 27,88. As perspectivas futuras não são melhores.

"O índice de condições gerais futuras dos negócios e uma série de outros indicadores futuros caíram abaixo de zero pela primeira vez na história da pesquisa", informou o relatório do Fed.

A sondagem apontou que as empresas esperam que seus postos de emprego encolham 2,4 por cento em média no ano.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]