
A pequena loja no bairro Hauer, em Curitiba, que vendia kits de casas de madeira pré-cortada em 1975, transformou-se em rede que até o final deste ano chegará a 22 pontos de venda de material de construção, acabamento e decoração em cidades do Paraná e Santa Catarina. Com origem na madeireira fundada pelo patriarca da família em 1966, a Balaroti passou por uma fase de expansão exagerada, teve recuo e mudança de foco no modelo de negócios. Sem sair das mãos da família, a empresa hoje tem um crescimento planejado, acompanhando o comportamento dos brasileiros que não só continuam construindo por conta própria e reformando seus imóveis, mas também investem cada vez mais em decoração e acabamento. Preparando a inauguração da loja em Jaraguá do Sul (SC), que abriu as portas na última quinta-feira, o diretor de marketing e vendas, Eduardo Balarotti (foto), conversou com Bia Moraes e falou sobre a estratégia de expansão da rede.
A expansão de consumo da classe C foi importante para esse crescimento?
Certamente. O público C sempre teve forte identificação com a Balaroti e isso se mantém. Mas atendemos do A ao D: do consumidor que vem comprar cimento e tijolo até o que vem atrás de itens sofisticados de acabamento e decoração, de marcas premium. Por isso, também, estamos ampliando a oferta de produtos: hoje temos 60 mil itens nas lojas. Desse total, 16% das vendas são de material básico de construção.
O ciclo da construção civil influencia o movimento?
Sim, há o fluxo de consumidores que compraram apartamentos na onda recente de lançamentos imobiliários, que estão sendo entregues. Todos esses compradores incrementam ou finalizam o acabamento do imóvel. Fora isso, o brasileiro gosta bastante de ajeitar sua casa. Reforma, arruma, amplia, renova a decoração, cuida do jardim... é um hábito.
Como a rede passou pelo momento de crise?
Quando a inflação foi contida e chegou o real, tivemos que reavaliar. A Balaroti tinha lojas demais. Reunimos a família e decidimos o novo modelo de administração. Muitos sócios saíram. Montamos um time, vendemos quase tudo e reduzimos para quatro lojas em Curitiba. O upgrade veio a partir de 2000, deixando o modelo de loja-depósito e partindo para o conceito de home center, que oferece soluções para a casa com grande variedade de produtos. O foco é a excelência no atendimento não só com o cliente final, mas também com nossos fornecedores e funcionários.
Como está o plano de abertura de novas lojas?
Estamos com 19 pontos de venda, contando com a loja de Jaraguá do Sul, inaugurada nessa semana, e até o fim do ano abriremos em Blumenau e Florianópolis esta será na ilha, pois já temos uma no continente. No dia 16 de abril vamos inaugurar a loja da Avenida das Torres, aqui em Curitiba.
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Rolamentos e marketing
Fornecedora de 26% dos sistemas de direção usados em veículos brasileiros, a Jtekt vai atuar em um novo nicho. A partir de 2014, a multinacional japonesa, que tem fábrica em São José dos Pinhais, também vai produzir rolamentos. No início, fará a montagem final e a pintura dos cubos de roda traseiros do novo Toyota Corolla (o cubo é o suporte que prende a roda ao eixo do veículo).
O mesmo veículo será equipado com o primeiro sistema de direção elétrica produzido no Brasil, também a cargo da Jtekt.
Desconhecida do público, a empresa investe em marketing. Será uma das patrocinadoras da Copa Petrobras de Marcas, de automobilismo, que começa neste domingo, em São Paulo.
Otimismo a reboque
As vendas do começo de ano empolgaram a Noma, fabricante de carretas de Sarandi (Norte do Paraná). Com base nos números do primeiro trimestre e na esperada supersafra de grãos, a empresa prevê uma expansão de 20% neste ano, o que levaria sua produção à marca de 7 mil unidades. O otimismo tem respaldo. Em 2012, quando o mercado de implementos rodoviários enfrentou uma de suas piores crises, com queda de 16% nas vendas, a companhia paranaense a quarta maior do setor na América do Sul conseguiu crescer 15%.
A fábrica de Sarandi tem 40 mil metros quadrados e emprega 1,4 mil pessoas. Para não ser obrigada a reduzir a marcha, a Noma está investindo em expansão mas fora do Paraná. A nova fábrica que ela está construindo em Tatuí, no interior paulista, deve dobrar sua capacidade de produção.
Madero na estrada
A rede de restaurantes Madero sai do circuito dos bairros de classe média de Curitiba para instalar uma unidade às margens da BR-116, no município de Campina Grande do Sul. A loja vai custar R$ 2,5 milhões e empregar 110 pessoas para atender a cerca de 800 pessoas por dia, entre viajantes e moradores da região.
O restaurante, que se consagrou pelo hambúrguer assinado pelo chefe de cozinha Junior Durski, será aberto no Mega Centro Logístico de Curitiba, que está em obras e ambiciona ser o maior condomínio logístico do Paraná. Criado pela Capital Realty, o Mega vai receber operações de armazenagem de empresas de diversos setores, entre elas varejistas e operadores.
Ponto em casa
A nova legislação para os trabalhadores domésticos pode resultar em um novo equipamento eletrônico dentro das residências: o relógio de ponto. A Dimep está divulgando o DMP Home, capaz de registrar o ponto de até dez funcionários. A empresa lidera o segmento de relógios de ponto e diz que o preço é inferior a R$ 1 mil.
A chamada PEC das Domésticas prevê o pagamento de horas extras aos trabalhadores, entre outras garantias.



