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Após assembléias realizadas nesta quarta-feira, bancários de Curitiba e região deflagram uma greve de advertência com duração prevista de dois dias. Já nesta quinta-feira diversas agências do Centro da capital deverão ser atingidas pelo protesto contra a proposta de reajuste salarial apresentada na terça-feira pelos bancos.

Segundo o diretor da Federação dos Bancários de Curitiba (Fetec), José Altair Monteiro Sampaio, o movimento de greve começa nas agências do Centro e deve se estender para os bairros. "Não temos como prever o número de agências que serão atingidas, já que tudo vai depender da adesão dos trabalhadores ao nosso movimento", explicou.

O grande prejuízo deve ficar com a população, mas a Fetec tenta ganhar a simpatia da população. "Pedimos a compreensão da população em relação à nossa luta. É este o momento de discutirmos a reposição dos nossos salários. Quem puder sacar uma quantidade substancial de dinheiro em caixas eletrônicos, que o faça. Isso vale para quem precisa pagar contas e fazer outros tipos de transações".

O diretor da Fetec alerta para a paralisação total dos serviços. "Vamos parar tudo. Mas pedimos para que a população que vá aos locais que estarão fechados para ser orientada sobre a melhor alternativa para que não seja prejudicada. Vamos oferecer alternativas para que a população, especialmente os aposentados, não sofram com a greve".

Para esta quinta-feira está prevista a realização de uma assembléia informativa, no período da tarde, na Praça Carlos Gomes. Na sexta, uma nova assembléia deliberativa será realizada para analisar sobre a continuidade, ou não, da greve no Paraná. Umuarama, no Noroeste, e Londrina, no Norte, também aderiram aos protestos nos mesmos moldes de Curitiba.

A negociação

No Paraná, existem dois sindicatos que representam a categoria dos bancários. A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito (Fetec) é filiada à Central Única dos Trabalhadores e representa os trabalhadores com sedes nas cidades de Curitiba, Londrina, Cornélio Procóio, Arapoti, Apucarana, Paranavaí, Umuarama, Campo Mourão, Toledo, Assis Chateaubriand e Guarapuava.

Já a Federação dos Empregados dos Estabelecimentos Bancários (Feeb) conta com representantes em Paranaguá, Ponta Grossa, Telêmaco Borba, Maringá, Goioêre, Cianorte, Cascavel, Foz do Iguaçu, Pato Branco e União da vitória.

Valores não agradam

Todos os sindicatos fizeram assembléias e não aceitaram a proposta apresentada nesta terça-feira. Nela, os bancos oferecem 2,85% de reajuste (valor corrigo pela inflação do período 1.º de setembro de 2005 até 31 de agosto de 2006), mais participação nos lucros e resultados (PLR) de 80% de um salário, mais R$ 823 de adicional. Além disso, outros R$ 750 seriam pagos caso o lucro dos bancos superasse em 20% o índice do ano anterior.

"Fizemos uma análise e chegamos a conclusão de que os valores não agradam", explicou Sônia Boz, membro da diretoria do Sindicato dos Bancários de Curitiba.

Os trabalhadores exigem um reajuste 2,85% -mesmo valor ofertado pelos patrões – mas querem também um adicional por produtividade de 7,05%. Além disso, a categoria quer um salário de PLR, mais um adicional de R$ 1.500.

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