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Histórico das taxas de juro |
Histórico das taxas de juro| Foto:

De um lado, preocupações quanto ao efeito que a atual crise financeira internacional pode ter sobre o crescimento da economia. Por outro, o receio de que a alta do dólar pressione a inflação. Diante desse dilema, o Banco Central optou pelo caminho mais neutro: não mexeu nos juros na reunião de ontem do seu Comitê de Política Monetária (Copom), interrompendo, pelo menos temporariamente, uma série de quatro aumentos consecutivos na taxa Selic.

O anúncio da decisão foi feito por meio de uma nota: "Avaliando o cenário prospectivo e o balanço de riscos para a inflação, em ambiente de maior incerteza, o Copom decidiu por unanimidade, neste momento, manter a taxa Selic em 13,75% ao ano’’.

O comunicado indica que, apesar de mostrar preocupação com o impacto da crise no Brasil, o BC não descarta a retomada do processo de elevação dos juros no futuro, depois de passado o atual cenário de turbulência.

O BC começou a elevar a taxa Selic em abril, com um aumento de 0,5 ponto, mas nos últimos dois encontros acelerou o ritmo do aperto e promoveu altas de 0,75 ponto cada uma. A justificativa apresentada em todas as reuniões foi a necessidade de conter o crescimento da economia, que, para o BC, estava num nível excessivamente alto e ameaçava o controle da inflação.

No mês passado, porém, o Copom já deu um sinal de que poderia colocar um freio no processo de alta dos juros: dos oito membros do comitê, três votaram por um aumento de 0,5 ponto. Embora tenha prevalecido a opinião da maioria, que votou pela alta de 0,75 ponto, a divisão indicou que o BC já considerava que as pressões inflacionárias já estavam arrefecendo.

Com o agravamento da crise, porém, a situação mudou. Nos países desenvolvidos, a reação dos BCs foi a de reduzir quase que imediatamente as taxas de juros, numa tentativa de evitar a quebra do sistema financeiro e de reduzir a possibilidade de uma recessão global.

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