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Fiscalização bancária

Banco Central barra compra do Banco Master pelo Banco de Brasília

Banco de Brasília Banco Master
Detalhe da sede do Banco de Brasília, que teve pedido de compra do Master negado pelo Banco Central. (Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília)

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O Banco Central do Brasil rejeitou, nesta quarta-feira (3), a proposta de aquisição do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB), encerrando uma negociação anunciada em março de 2025 com valor estimado em R$ 2 bilhões.

A decisão segue recomendação do diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução da autarquia, Renato Dias de Brito Gomes, e foi tomada após um processo de análise que durou pouco mais de cinco meses.

A operação previa a compra pelo BRB de 49% das ações ordinárias, 100% das ações preferenciais e 58% do capital total do Banco Master. O projeto já havia recebido aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do governo do Distrito Federal, autorizando o BRB a adquirir participação em outras instituições financeiras.

Apesar disso, a diretoria colegiada do Banco Central seguiu entendimento técnico que apontou fragilidades e riscos na operação e optou pelo indeferimento.

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Em nota, o BRB declarou ter solicitado “acesso à íntegra da decisão, com o objetivo de avaliar seus fundamentos e examinar as alternativas cabíveis”. O documento oficial de indeferimento foi assinado pelo diretor-executivo de Finanças e Controladoria e diretor de Relações com Investidores do banco, Dario Oswaldo Garcia Junior.

O BRB reafirmou o interesse na transação, destacando o potencial estratégico para geração de valor ao Distrito Federal e ao Sistema Financeiro Nacional, e afirmou que manterá os acionistas e o mercado informados sobre eventuais desdobramentos.

O Banco Master também aguarda acesso ao texto integral da decisão do Banco Central para avaliar seus fundamentos e alternativas. Em posicionamento oficial, a instituição afirmou que “continua confiante na sua estratégia e na sua operação, que fizeram com que se destacasse num mercado altamente concentrado”.

Em função dos riscos detectados e da redução do perímetro da operação — que caiu de R$ 48 bilhões para cerca de R$ 24 bilhões —, o Banco Central avaliou se o BRB teria condições financeiras de sustentar a nova estrutura.

Com o indeferimento, cresce a possibilidade de intervenção do Banco Central no Master. O banco, agora, deverá apresentar um plano de trabalho à autoridade monetária. O BRB, sociedade de economia mista controlada pelo governo do Distrito Federal, afirmou que poderá insistir no negócio com uma nova proposta.

O Master, fundado em 1974 e transformado em banco em 1990, amplia sua atuação desde 2018, com operações em crédito e o digital Will Bank.

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