Os funcionários do Banco do Brasil das centrais de atendimento em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, e em São Paulo, puderam voltar ao trabalho no início da tarde desta segunda-feira. Desde as 6h, as centrais do BB estavam paradas por conta de um protesto.
Tanto em Curitiba quanto em São José dos Pinhais, representantes do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região impediam a entrada dos 1.500 funcionários (300 bancários e 1.200 terceirizados) desde o início da manhã. A paralisação, de pouco mais de sete horas, interrompeu os serviços de call-center em todo país.
Segundo a assessoria de imprensa do sindicato em Curitiba, o protesto é contra o processo de terceirização na área de engenharia, de infra-estrutura, no núcleo de análise de créditos e no processamento eletrônico de envelopes. "É tudo o que acontece nos auto-atendimentos. Não podemos permitir, estamos entrando com uma ação contra a terceirização", afirma Marisa Stédile, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região. Segundo ela, em Curitiba, há previsão de que em 52 agências ocorra terceirização. Ainda de acordo com Marisa, existe a possibilidade de uma paralisação dos funcionários. "Vamos fazer uma assembléia no dia 9 de maio e esse assunto deve entrar em discussão".
A paralisação impediu cancelamento de cartões de crédito, consulta de saldo e transferências, entre outros serviços através do telefone 0800.
Proposta
Uma reportagem publicada nesta segunda-feira no jornal Valor Econômico, informa que a direção do BB está reunida em Brasília, desde as 10 horas, com os representantes dos trabalhadores para apresentar um plano de demissão voluntária e de aposentadoria incentivada, além da opção pela terceirização de algumas funções atualmente exercidas por funcionários do banco.
Segundo o coordenador da comissão de empresa que representa os trabalhadores do BB e membro da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Marcel Barros, a terceirização reduziria custos e o plano de demissão voluntária abriria espaço para renovar e ampliar o quadro de funcionários, cujo limite aceito pelo Ministério do Planejamento é de 85 mil funcionários. Barros afirmou em entrevista ao Valor que os novos contratados seriam tericeirizados, substitundo um piso salarial de R$ 1,1 mil para menos de R$ 500.
-
Notificações da AGU para remover “desinformação” contra o governo são ilegais, dizem juristas
-
Absolvição de Moro sinaliza busca por distensão entre Judiciário e Congresso
-
Sergio Moro: os sinais do julgamento que absolveu o senador no TSE
-
Quem é Karim Khan, o procurador do TPI que decidiu pedir a prisão de Netanyahu e de membros do Hamas
Agro gaúcho escapou de efeito ainda mais catastrófico; entenda por quê
Prazo da declaração do Imposto de Renda 2024 está no fim; o que acontece se não declarar?
Rombo do governo se aproxima dos recordes da pandemia – e deve piorar com socorro ao RS
“Desenrola” de Lula cumpre parte das metas, mas número de inadimplentes bate recorde
Deixe sua opinião