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Banco do Brasil vai oferecer crédito automático para cliente sair do rotativo

Maior parte dos bancos deve fazer uma transição automática do rotativo para um parcelamento

Crédito para o cliente que não consegue sair do rotativo será automático no Banco do Brasil | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Crédito para o cliente que não consegue sair do rotativo será automático no Banco do Brasil (Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo)

Os bancos começaram a desenhar formas de se adequar à nova regra do crédito rotativo, que limita o uso da modalidade de financiamento a apenas 30 dias. A mudança foi anunciada em janeiro pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), e as instituições têm até 3 de abril para se enquadrarem. A maior parte deve fazer uma transição automática do rotativo para um parcelamento. Juros e prazos devem depender do perfil de cada cliente.

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Hoje, é possível ficar “pendurado” no rotativo indefinidamente. O problema é que a modalidade é a mais cara do país, com taxas de juros de mais de 500% ao ano. A medida tem como objetivo evitar a bola de neve das dívidas com cartão de crédito. De acordo com a portaria do CMN, após 30 dias no rotativo, o cliente terá de quitar o débito à vista ou optar por um parcelamento.

Banco do Brasil

O Banco do Brasil anunciará na quarta-feira (15) o produto para se adequar às regras. Segundo técnicos envolvidos no lançamento, o crédito para o cliente que não consegue sair do rotativo será automático.Essa não é uma exigência do Banco Central (BC).

No BB, a decisão foi oferecer para todos os tipos de clientes um empréstimo para o parcelamento da dívida. Independentemente do valor da pendência, o banco trocará os créditos. De acordo com pessoas envolvidas no projeto, a engenharia criada pela instituição fará que o pagamento do parcelado não inviabilize a capacidade de consumo do cliente.

“ A tendência é de prazo maior e prestação menor”, contou uma fonte. Antes do anúncio, o Banco do Brasil diminuiu a taxa do rotativo de 15,52% para 12,34% ao mês.

Outros brancos

A Caixa Econômica Federal ainda não desenhou uma política específica, segundo uma fonte. Oficialmente, o banco disse que a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito (Abecs) fala sobre o assunto. Procurada, a associação não se pronunciou.

Já os banco privados começam a estabelecer um mecanismo. No Santander, também haverá parcelamento automático. No entanto, haverá um limite mínimo para essa parcela, algo entre R$ 50 e R$ 100. Os juros serão variáveis de acordo com o perfil de risco do cliente e seu relacionamento com o banco.

“Nosso foco, agora, é ter uma comunicação eficiente com o cliente”, ressaltou Rodrigo Cury, superintendente executivo de Cartões do Santander.

Marcos Magalhães, diretor da área do Itaú Unibanco, afirmou que, desde 2012, o banco foi pioneiro ao incentivar a migração do rotativo para o parcelado. Procurado, o Bradesco não comentou as mudanças.

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