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América do Sul

Banco do Sul é criado com US$ 20 bilhões

Com promessas de se tornarem independentes financeiramente dos países ricos, sete presidente sul-americanos, incluindo o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, assinaram na noite de sábado, na Venezuela, o documento de fundação do Banco do Sul, uma instituição multilateral e continental para projetos de infraestrutura.

A instituição reúne também Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela e terá recursos para o financiamento a projetos de agricultura, energia e saúde.

Durante os quatro anos de negociações para constituição do banco, o capital inicial foi elevado de US$ 7 bilhões para US$ 20 bilhões, a ser formado a partir da contribuição de seus membros. Todos terão os mesmos direitos de votos, não importa o tamanho da população ou da economia.

O evento de lançamento ocorreu durante a segunda cúpula entre países africanos e sul-americanos, em Isla Margarita (Venezuela).

Sábado, durante um debate, o presidente anfitrião, Hugo Chávez, brincou com Lula sobre o financiamento da instituição. "Tem de colocar dinheiro, Lula. Tem de colocar o dinheirinho.’’

Lula apenas sorriu, mas a brincadeira de Chávez tem um tom de cobrança. Embora o Brasil não tenha sido um dos grandes incentivadores da instituição – muito mais uma obra de Chávez, do ex-presidente argentino Nestor Kirchner, do boliviano Evo Morales e do equatoriano Rafael Correa –, é sobre o Brasil, como maior economia do continente, que recaem as principais responsabilidades para que o empreendimento funcione.

Reservas do Norte

"É nosso banco, para trazer de volta nossas reservas que estão no Norte, para que possamos emprestar entre nós’’, afirmou Chávez. O escritório central ficará em Caracas (Venezuela), com sedes regionais na Bolívia e na Argentina. "Este é um momento histórico para a verdadeira independência da América Latina’’, afirmou Correa.

Lula não deu entrevistas ontem sobre o banco. Mas, na única vez em que falou com a imprensa, também deu um tom triunfal à capacidade de os países sul-americanos reagirem à crise econômica sem depender dos países mais ricos. "Em função da crise econômica, os países ricos já não estão com a petulância que habitualmente eles tinham nas relações e nas discussões com os países pobres nas questões econômicas’’, afirmou.

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