O Comando Nacional dos Bancários avalia nesta terça-feira a nova proposta de reajuste salarial, apresentada de manhã pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para os 400 mil trabalhadores da classe. Dessa reunião sairá a orientação da categoria para os sindicatos locais sobre a greve do setor, que já entra em seu quarto dia em nível nacional.
A Fenaban ofereceu reajuste salarial de 3,5%, o que valeria linearmente também para todos os benefícios, como vale refeição. Além disso, haveria uma bonificação de 80% sobre cada salário (já considerando a base reajustada) mais uma parcela de R$ 828. Para bancos com lucro acima de 15%, haveria também o pagamento de uma parcela adicional entre R$ 1.000 e R$ 1.500. Caso a oferta seja aprovada, os bancos se comprometeram em fazer o depósito em até dez dias depois do acordo.
Essa foi a terceira proposta dos banqueiros desde que começaram as negociações. Na primeira proposta, os bancos ofereceram reajuste de 2%, abaixo da inflação. Na segunda, o reajste seria de 2,85%, participação nos lucros de 80% do salário, mais R$ 823, e ainda R$ 750 de parcela adicional nos bancos que tivessem aumento mínimo de 20% no lucro.
Os bancários reivindicam 7,05% de aumento real de salário, mais a inflação acumulada do período (2,85%) e participação nos lucros de um salário, mais R$1.500 e 5% do lucro líquido dos bancos a serem distribuídos de forma linear para todos os funcionários.
A reunião da Fenaban com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) começou por volta das 10h e levou menos de uma hora. Depois de avaliar a proposta, o comando nacional poderá sugerir ou não a suspensão da greve a partir desta quarta-feira. Mas a volta ao trabalho só será decidida pelos sindicatos locais. Quinta-feira é feriado de Nossa Senhora da Aparecida e as agências não funcionam, com ou sem acordo. Segundo a categoria, cerca de 190 mil bancários de bancos públicos e privados estão parados no país.
Nessa segunda-feira, o presidente da Federação Brasileira de bancos (Febraban), Márcio Cypriano, também presidente do Bradesco, disse acreditar num entendimento com os bancários . A Fenaban é o braço sindical da Febraban.



