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O setor financeiro espanhol necessita de 16 a 62 bilhões de euros, segundo as avaliações de duas auditoras, divulgadas nesta quinta-feira (21) pelas autoridades espanholas.

A consultora norte-americana Oliver Wyman calculou necessidades entre 16 e 25 bilhões de euros em um cenário base e de entre 51 e 62 bilhões de euros em um cenário extremo, enquanto que a alemã Roland Berger calculou que as necessidades são entre 25,6 bilhões de euros e 51,8 bilhões de euros, anunciou o vice-governador do Banco da Espanha, Fernando Restoy.

O exercício foi realizado com 14 grupos bancários, que representam 90% do setor financeiro nacional, disse Restoy, segundo o qual a avaliação se aplica a toda a carteira de crédito nacional, crédito a pequenas e médias, a famílias, ao consumo, à aquisição de moradias e não só ao crédito relacionado ao setor de construção civil.

Segundo Restoy, os dois cenários considerados foram um de base e outro mais extremo, com uma recessão e uma queda dos preços do setor imobiliário mais intensa e as necessidades de capital que isso exigiria dos bancos em um período de três anos, até 2014.

O objetivo destes exercícios é "avaliar a resistência do sistema financeiro espanhol para suportar cenários macroeconômicos desfavoráveis, cenários mais negativos que aqueles que aparecem refletidos nas principais previsões", afirmou.

"Creio que os resultados destes avaliadores confirmam o exercício realizado pelo FMI", disse Restoy, em referência ao relatório no qual o Fundo estimou em 40 bi de euros as necessidades dos bancos da Espanha.

Estes resultados servirão ao governo espanhol para fazer o pedido concreto de ajuda depois que, em 9 de junho, a Eurozona se mostrou disposta a dar uma ajuda de no máximo 100 bilhões de euros para sanear o setor financeiro espanhol, debilitado após o estouro da bolha imobiliária de 2008.

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