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Liquidez

Bancos públicos têm debatido troca de recursos, segundo BNDES

Gaspar brincou dizendo que a palavra "paredão" saiu do vocabulário político brasileiro e "não deveria ter saído". Diretor assegura que Brasil está bem preparado embora não tenha como escapar das conseqüências da crise

Os bancos públicos têm discutido trocas de recursos entre eles, informou o diretor da área social do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Élvio Gaspar, em seminário sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Rio, no Clube de Engenharia. O assunto é recente e as conversas vêm se realizando durante esta semana. O diretor do banco não deu maiores detalhes sobre como se daria essa troca de recursos, mas o contexto do discurso era sobre o empoçamento de liquidez.

Gaspar chegou a fazer uma brincadeira dizendo que a palavra "paredão" saiu do vocabulário político brasileiro e "não deveria ter saído", antes de afirmar que "os bancos estão absolutamente líquidos e se recusam a fazer o dinheiro circular na economia, mas, graças a Deus, o Estado brasileiro está preparado". Ele citou o BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal e disse que "temos instituições públicas que podem dar conta do recado e estão dando". O executivo disse também que "o crédito lentamente está voltando".

Em sua análise, outro canal de contágio da economia é a depreciação do real, mas a queda dos preços das commodities (matérias-primas) "equilibra" a repercussão inflacionária disso. Em referência às operações com derivativos cambiais que trouxeram perdas para empresas como Sadia, Aracruz e Votorantim, o executivo afirmou que "algumas poucas empresas especularam com o câmbio e essas poucas já deixaram de fazer isso."

Gaspar considera que o Brasil está bem situado em relação à crise mundial, embora não tenha como escapar totalmente de suas conseqüências. "Há muito pouco o que a gente possa perder, exceto pela grande desaceleração mundial. Isso não tem muito jeito", disse. "Se Estados Unidos e União Européia reduzirem muito o seu consumo, vamos sentir isso", afirmou. Ele sugeriu que talvez o melhor seja reforçar os laços do Brasil com outras economias para fortalecer o comércio neste momento.

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