A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou nesta sexta-feira (31) que a bandeira tarifária de agosto continuará vermelha para todo o país. Desde quando começou a vigorar, em janeiro deste ano, o regime de bandeiras permanece no patamar que gera maior cobrança adicional nas contas de luz, refletindo o alto custo da geração de eletricidade.
Quando a bandeira é vermelha, os consumidores pagam R$ 5,50 a mais para cada 100 kilowatts-hora (kWh) utilizados. No caso da bandeira amarela, essa taxa sobre as tarifas é de R$ 2,50 a cada 100 kWh consumidos.
Bandeira tarifária arrecada R$ 5,4 bilhões em cinco meses
Retração da economia reduziu o consumo de energia no país, mas bandeira vermelha indica que preço do insumo não recuou
Leia a matéria completaJá na bandeira verde, acionada nos meses mais favoráveis à geração de eletricidade, não há cobrança adicional nas contas de luz. As bandeiras só não valem para os estados de Roraima e Amapá, que ainda não estão conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Apesar da melhora no regime de chuvas e da diminuição da demanda prevista de consumo de eletricidade no país, o diretor geral da Aneel, Romeu Rufino, havia adiantado na última terça-feira que a bandeira tarifária de agosto deveria continuar vermelha
“Apesar de as chuvas terem melhorado e de haver uma sinalização de redução na carga prevista até o fim do ano, a bandeira tarifária continuará vermelha. Mas estamos vendo um cenário positivo à frente e o preço da energia no curto prazo (PLD) tem sido decrescente”, avaliou Rufino.
E essa cobrança pode ficar ainda maior a partir de 2017. Para tentar solucionar o problema do déficit na geração de energia hidrelétrica â– o chamado risco hidrológico (GSF) –, o governo propôs esta semana aos agentes produtores de eletricidade transferir o risco dessa falta de energia dos geradores para os consumidores finais, por meio das bandeiras tarifárias. Em contrapartida, haveria um desconto nos preços de geração.
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