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Batávia volta à mídia com o Chocomilk

Companhia, que passou dez anos sem investir em propaganda, traz produto em novas versões

Ponta Grossa – Uma das marcas mais conhecidas pelos paranaenses está prestes a ser tornar um caso digno de estudo de marketing e propaganda. Depois de dez anos sem investir um tostão em divulgação de massa, a Batávia inicia amanhã a campanha de rádio e televisão do Chocomilk. Mesmo sem mídia, o público foi mantido no período, mas a intenção é conquistar novos consumidores, além daqueles que já acompanham o produto ao longo de 46 anos no mercado.

A primeira prova de que a destinação de esforço na reformulação da publicidade dá resultados veio em forma de caixinha. A embalagem de 1 litro do achocolatado foi mudada no ano passado e, sem novos investimentos em divulgação, passou a vender 100% mais. A empresa não fala em números absolutos, por conta de interesses e regras do mercado de ações relacionados à acionista majoritária, Perdigão.

Todas as transformações foram calcadas em uma pesquisa com 1499 paranaenses, que identificaram públicos diferentes para o mesmo produto. O consumidor do Chocomilk de garrafinha é jovem e, na maioria dos casos, mulher. Mudanças no gargalo, para não deixar "bigode", foram algumas das sugestões do público feminino que foram acatadas. Já as caixinhas de 200 mililitros são preferências das crianças, que queriam uma nova composição. Por conta disso, esse produto específico será mais doce e terá mais sabor de chocolate.

A tradicional embalagem escura ganhou tons de amarelo e laranja, para chamar a atenção. Não é à toa que toda a campanha é calcada no produto engarrafado. A pesquisa de mercado mostrou que 84% dos consumidores preferem a embalagem de vidro, que ganhou formato exclusivo e a marca em relevo. Além disso, o produto deve ganhar força. Está sendo lançado o Chocomilk Power, com sabor mais acentuado.

A meta da Batávia, que tem no Chocomilk sua principal submarca, é aumentar as vendas em 50%. Hoje, mas de 70% do consumo do produto em garrafa de vidro se deve ao Paraná. Já a venda das caixinhas é mais pulverizada nos demais estados. De acordo com gerente de Produto, Ana Lúcia Tacla, o motivo é que o paranaense considera a bebida refrescante, como um suco, e os consumidores de outros estados não têm essa mesma impressão. A necessidade de investir na marca veio também em conseqüência da disputa de mercado, que está muito mais acirrada por conta da popularização de sucos e chás.

A Batávia pretende se firmar no mercado como uma empresa tradicional, que dispõe de marcas com cinco décadas, e ao mesmo tempo como uma fábrica atualizada, que ganhou prêmios de inovação pelos 60 novos produtos lançados só no ano passado. "Nossas metas foram hoje são mais arrojadas e buscamos a liderança em alguns mercados. Já conseguimos isso com o leite fermentado", explica Ana, que destaca que apesar de se expandir pelos demais estados brasileiros, a marca ainda encontra no Paraná a sua grande força.

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