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Bancos

BB tem maior lucro da história

Crédito foi, novamente, motor do crescimento da instituição. Mas, para manter expansão, o banco vai reforçar sua atuação no financiamento a empresas

São Paulo - O Banco do Brasil (BB), maior instituição financeira do país, anunciou ontem um lucro de R$ 11,703 bilhões em 2010, com crescimento de 15,3% em relação a 2009. Foi o maior resultado da história dos bancos do país, segundo a consultoria Econo­mática, superando os R$ 10,148 bilhões alcançados pelo próprio BB em 2009. O terceiro maior resultado foi do Itaú Unibanco, também em 2009, com R$ 10,067 bilhões.

Mas, para que a expansão do crédito continue neste ano, o banco estatal precisará de uma ligeira mudança no foco. Segundo o presidente do BB, Aldemir Bendine, após as medidas de restrição ao crédito implementadas pelo Banco Central no fim de 2010, a ideia do governo é reduzir o ritmo dos financiamentos ao consumo, enquanto os empréstimos para produção devem ganhar mais destaque.

"Tivemos uma ligeira mudança de tendência para investimento no crédito produtivo", afirmou, em São Paulo. Nessa categoria, disse, se enquadrariam os recursos direcionados a empresas também ao crédito imobiliário. "A presidente Dilma [Rousseff] nos pediu um direcionamento mais forte para o investimento privado. O Brasil precisa de uma puxada no investimento", disse. Atualmente, segundo Bendine, há R$ 85 bilhões em projetos de financiamento a empresas em análise pelo banco. Desses, o BB espera aprovar cerca de R$ 20 bilhões.

As projeções do BB apontam para um crescimento entre 17% e 20% na carteira do banco neste ano – em 2010, o crescimento de 19,1%, para R$ 358,4 bilhões, foi, novamente, o principal motor da elevação no lucro da instituição. A expectativa do banco é de que os financiamentos à pessoa física tenham alta entre 17% e 23%, enquanto a carteira de pessoas jurídicas cresceria entre 17% e 20%. "Teremos um pequeno recuo na carteira de pessoas físicas", disse Bendine. No ano passado, o segmento cresceu 23,2%, chegando a R$ 113,1 bilhões.

Desaceleração

E essa desaceleração em função das medidas adotadas pelo BC já tem sido sentida pelo mercado, de acordo com o presidente do BB. Os desembolsos de financiamentos do banco para a compra de veículos – um dos alvos das ações do governo – mostraram queda de 40% em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, afirmou Bendine.

"Janeiro e fevereiro já mostraram uma queda na demanda por financiamentos ao consumo", disse. Para o presidente do BB, esses empréstimos devem ter retomada gradual no segundo semestre, mas não no ritmo registrado em 2010.

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