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Crédito restrito afeta montadoras, que já anunciaram férias coletivas e demissões no Brasil. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Crédito restrito afeta montadoras, que já anunciaram férias coletivas e demissões no Brasil.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou ontem que o Banco do Brasil (BB) deverá entrar de forma significativa no financiamento de carros para pessoas físicas. Em entrevista após almoço com o rei da Jordânia, Abdullah II, no Itamaraty, ele manifestou preocupação com queda nas vendas do setor automotivo. "A indústria automobilística tem uma cadeia extraordinária, e não queremos que deixe de ser um dos carros-chefes da economia brasileira."

Na conversa com os jornalistas, Lula enfatizou que a decisão do banco em expandir os financiamentos de carros, inclusive com a compra de financiadoras, foi permitida pela medida provisória nº 443, publicada na quarta-feita no Diário Oficial. "Não é investir no setor automotivo", disse Lula. "O Banco do Brasil não tem ‘expertise’ para fazer financiamento de automóvel e teria de ter parceria com um banco de investimentos."

Momentos antes, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, dissera em entrevista no Planalto que o BB também poderia financiar montadoras. Assessores do governo disseram que não há nenhum pacote ou medida nesse sentido, no momento atual. "O presidente admite com clareza que o Banco do Brasil pode atuar no setor de financiamento de automóveis", disse Aécio, que se encontrou com Lula.

O Banco do Brasil informou que não iria comentar a declaração do presidente, mas adiantou, no entanto, que estuda a compra de carteiras de crédito de financiamento de veículos. O banco já comprou R$ 3 bilhões em carteiras de crédito consignado de outras instituições e negocia agora aquisição de mais R$ 3 bilhões. Nesse grupo, segundo o BB, estão carteiras de veículos.

O BB é líder no crédito consignado, mas no mercado de automóveis a sua participação é considerada pequena. O banco entrou nesse mercado há aproximadamente um ano. Segundo o BB, a sua carteira de crédito de veículos é de cerca de R$ 5 bilhões, com a meta de chegar a R$ 6 bilhões no fim do ano. A MP nº 443 abre, no entanto, a possibilidade de o BB e a Caixa Econômica Federal (CEF) fazerrm parcerias com outras instituições financeiras voltadas para o crédito, adquirindo participação.

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