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Veja as mudanças anunciadas pelo BC no depósito compulsório

O Banco Central anunciou nesta quarta-feira (24) alterações nas regras do depósito compulsório sobre depósitos a prazo, e sobre a chamada exigibilidade adicional (um tipo de recolhimento compulsório sobre todas as modalidades, ou seja, sobre a poupança, sobre os depósitos à vista e a prazo). Ambas as medidas vão resultar no recolhimento de cerca de R$ 71 bilhões em recursos disponíveis no mercado financeiro.

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O Banco Central anunciou nesta quarta-feira (24) que retirará do mercado, a partir do dia 22 de março, R$ 37 bilhões por meio de mudanças na exigibilidade adicional do depósito compulsório, ou seja, recursos que têm de ser mantidos na autoridade monetária. Em 9 de abril, outros R$ 32 bilhões começarão a ser retirados do mercado. Ao todo, a medida abrange R$ 71 bilhões.O presidente do BC, Henrique Meirelles, explicou que a instituição está anunciando um retorno às condições de compulsório que aconteciam no início da crise, com exceção do direcionamento para as instituições pequenas e médio. "Consideramos prudente manter um direcionamento de cerca de R$ 30 bilhões em compulsórios tomados pelas instituições de menor porte. Todas as demais medidas, estão sendo revertidas", disse ele.

De acordo com Meirelles, do ponto de vista de liquidez do sistema financeiro, o BC julga que ele já está "suficientemente líquido". "Não se justificando mais uma injeção de liquidez. Naquele momento, foi fundamental. A medida foi absolutamente precisa, tomada na hora certa. Hoje não há mais necessidade da continuidade destas medidas", avaliou o presidente da autoridade monetária.

Atuação do BC

No fim de 2008 e nos primeiros meses do ano passado, o Banco Central liberou cerca de R$ 100 bilhões em depósitos compulsórios para as instituições financeiras por meio da redução das alíquotas vigentes. Deste valor total, cerca de R$ 44 bilhões para bancos de pequeno e médio porte.

O objetivo do governo, naquele momento, foi evitar que o fechamento das linhas de crédito externas, que gerou escassez de recursos no país, pudesse elevar as taxas de juros cobradas dos consumidores e frear ainda mais o crescimento da economia, já impactado pela crise financeira.

No atual cenário de crescimento da economia brasileira, a preocupação é inversa. Com o ritmo de atividade em alta, cresce o medo de que a inflação também possa avançar e analistas apontam que o aumento das alíquotas dos depósitos compulsórios (com a retirada de recursos da economia) seria uma alterrnativa ao aumento da taxa de juros, atualmente em 8,75% ao ano. O mercado financeiro acredita que os juros subirão a partir do mês de abril.

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