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O banco central britânico afirmou nesta quarta-feira (13) que a inflação não irá desacelerar para sua meta de 2% até o início de 2016, mas que ainda está aberto a mais compras de títulos para impulsionar a estagnada economia britânica.

O BC destacou, entretanto, que há limites para o que tal política poderia alcançar.

A economia deve ter uma "recuperação lenta mas sustentada" ao longo dos próximos três anos, e a produção econômica não deve superar até 2015 o pico anterior à crise financeira, disse o Banco da Inglaterra em seu relatório trimestral de inflação.

O BC estimou que a inflação dentro de dois anos deve ficar em torno de 2,3%, ante 1,8% estimados em novembro. A entidade também estendeu o cronograma para retornar à meta em 18 meses ante o previsto em novembro.

As estimativas do banco sugerem que a inflação terá um pico de cerca de 3,2% no terceiro trimestre de 2013.

Mas em entrevista à imprensa após a divulgação do relatório, o presidente do BC, Marvyn King, afirmou que isso não impedirá o banco de injetar mais dinheiro na economia se necessário.

"Pode-se ficar tentado a achar que uma estimativa de inflação acima da meta justifica uma política monetária mais apertada, e certamente garantir que a inflação retorne à meta no médio prazo é nossa primeira responsabilidade e objetivo", disse ele.

"Mas o mandato (do BC) é garantir estabilidade de preço no médio prazo de maneira que evite volatilidade indesejada na produção no curto prazo. A perspectiva de mais um período prolongado de inflação acima da meta tem que ser portanto considerada junto com a fraqueza da economia real."

O BC britânico gastou 375 bilhões de libras (587 bilhões de dólares) em compras de títulos do governo, mas tem evitado ampliar o programa.

King disse, entretanto, que mais aquisições, ou quantitative easing (QE), não são uma panaceia.

"Temos que reconhecer, entretanto, que há limites ao que pode ser alcançado via estímulo monetário geral --de qualquer forma", disse King, acrescentando que incentivos para gastar agora reduzem planos de gastos de famílias e empresas no futuro.

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